- A África do Sul assumiu a presidência do G20, com o encontro marcado para os dias 22 e 23 de novembro em Joanesburgo, o primeiro do grupo no continente africano, enquanto os Estados Unidos lançaram um boycott e criticaram a expansão do grupo.
- Os EUA confirmaram que não enviarão representantes e não aceitarão uma declaração final sem a sua presença; a África do Sul classificou isso como coercion by absentia e continua buscando a realização da cúpula mesmo com a ausência americana.
- Entre as prioridades estão a sustentabilidade da dívida para países de baixa renda e o financiamento para uma transição energética justa; a África do Sul convidou 22 países adicionais para participar da cúpula.
- O secretaria de Estado dos EUA, Marco Rubio, já havia se manifestado contra a expansão do G20, alegando viés anti-americano, sinalizando um G20 mais restrito segundo a visão americana, em contraste com a abertura defendida pela África do Sul.
- O presidente Cyril Ramaphosa afirmou que a ausência dos EUA será simbolicamente reconhecida, e que o G20 continuará operando; o desfecho da cúpula dependerá da habilidade de navegar as tensões diplomáticas.
A África do Sul assumiu a presidência do G20 e enfrenta desafios significativos, incluindo um boycott dos Estados Unidos. O encontro, programado para os dias 22 e 23 de novembro em Joanesburgo, é o primeiro do grupo a ocorrer no continente africano. A administração Trump já havia criticado a expansão do G20 e a atuação da África do Sul no evento.
Os EUA confirmaram que não enviarão representantes e afirmaram que não aceitarão uma declaração final sem sua presença. A África do Sul, por sua vez, rejeitou essa posição, considerando-a uma forma de “coerção por ausência”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, Crispin Phiri, declarou que a ausência dos EUA compromete seu papel nas conclusões do G20, mas ressaltou que não se pode permitir que essa tática se torne uma norma.
Prioridades da África do Sul
As prioridades da presidência sul-africana incluem a sustentabilidade da dívida para países de baixa renda e o financiamento para uma transição energética justa. Além disso, a África do Sul convidou 22 países adicionais para participar da cúpula. A administração americana, por outro lado, criticou a temática do encontro, considerando que os temas de solidariedade, igualdade e sustentabilidade são contrários aos interesses dos EUA.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já havia se manifestado contra a expansão do G20, afirmando que a agenda da África do Sul representa um viés anti-americano. A posição dos EUA sugere que eles buscam um G20 mais restrito e focado, enquanto a África do Sul busca ampliar a participação e a colaboração entre nações.
Reações e Implicações
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, comentou que, embora não queira entregar a presidência a uma cadeira vazia, a ausência dos EUA será simbolicamente reconhecida. Ele afirmou que a entidade G20 continuará operando, mesmo sem a presença americana. O futuro da cúpula e suas deliberações agora dependem da habilidade da África do Sul em navegar por essas tensões diplomáticas.