- A violência ligada ao narcotráfico em Marselha atinge novo patamar com o assassinato de Mehdi Kessaci, 20 anos, cometido por dois sicários em uma motocicleta, gerando comoção nacional e levando o presidente Emmanuel Macron a prometer ações.
- Mehdi era irmão de um ativista contra o narcotráfico que já havia recebido ameaças e estava sob proteção policial.
- Durante reunião do Conselho de Ministros, Macron ressaltou a responsabilidade dos consumidores urbanos no financiamento do tráfico, afirmando que “às vezes são os burgueses de centros urbanos que financiam os narcotraficantes”.
- Dados do Observatório Francês de Drogas e Tendências Adictivas indicam que o narcotráfico gera cerca de 5,5 bilhões de euros por ano e emprega 200 mil pessoas na França.
- Amine Kessaci, irmão da vítima, tornou-se figura de destaque na luta contra o narcotráfico, organizando uma grande marcha em Marselha. Ao accompanies o funeral com chaleco balas, ele afirmou que não desistirá da luta e que Mehdi foi vítima indireta de seu ativismo. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, e o promotor de Marselha, Nicolas Bessone, falaram sobre o aumento da violência e a “mexicanização” dos métodos usados pelas gangues. A marcha ocorre no próximo sábado, com apoio de diversos setores da sociedade.
A violência ligada ao narcotráfico em Marselha atinge novos patamares com o recente assassinato de Mehdi Kessaci, de 20 anos. O crime, cometido por dois sicários em uma motocicleta, gerou comoção em todo o país. Mehdi era irmão de um conhecido ativista contra o narcotráfico, que já havia recebido ameaças e estava sob proteção policial. O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu ações para combater essa escalada de violência.
Durante uma reunião do Conselho de Ministros, Macron destacou a responsabilidade dos consumidores urbanos no financiamento do tráfico de drogas. Segundo ele, “às vezes são os burgueses de centros urbanos que financiam os narcotraficantes”. Dados do Observatório Francês de Drogas e Tendências Adictivas indicam que o narcotráfico gera cerca de 5,5 bilhões de euros anuais e emprega 200 mil pessoas na França.
Mobilização e Protestos
O irmão da vítima, Amine Kessaci, se tornou uma figura proeminente na luta contra o narcotráfico e está organizando uma grande marcha em Marselha para denunciar o crime e exigir justiça. Amine, que já era conhecido por sua atuação política e social, compareceu ao funeral de seu irmão com um chaleco antibalas, refletindo a gravidade da situação. Em suas declarações, ele enfatizou que não desistirá de sua luta e que seu irmão foi uma vítima indireta de sua ativismo.
O assassinato de Mehdi Kessaci representa um ponto de inflexão na luta contra o crime organizado na cidade, sendo considerado um crime de intimidação e não um simples ajuste de contas. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, e o promotor de Marselha, Nicolas Bessone, alertaram para a crescente violência e a “mexicanização” dos métodos usados pelas gangues na região.
A marcha programada para o próximo sábado busca combater a ideia de omertà, o silêncio imposto pelos narcotraficantes. Amine Kessaci declarou que fala em nome das vítimas e que o silêncio é o refúgio dos inimigos. A mobilização está recebendo apoio de diversos setores da sociedade, refletindo a urgência em enfrentar a violência e a impunidade que marcam a luta contra o narcotráfico em Marselha.