- MI5 informou ao presidente da Câmara dos Comuns que está muito relaxado quanto ao projeto de uma super-embaixada chinesa de 20.000 m² em Royal Mint Court, Londres, conforme reportagem do Guardian.
- A decisão de aprovação deve ocorrer até 10 de dezembro.
- A nova embaixada substituiria a atual em Portland Place e já enfrentou atrasos por preocupações políticas e de segurança; o diretor-geral da MI5, Ken McCallum, disse que a agência tem experiência para lidar com esses riscos.
- Críticos apontam questões de segurança, como cabos subterrâneos que conectam a City de Londres, e impactos no tráfego; especialistas dizem que centralizar operações pode facilitar a supervisão.
- O governo britânico adiou a decisão duas vezes; a China pressiona reformas na embaixada britânica em Beijing até que a situação em Londres seja resolvida, com expectativa de avanços alinhados a visitas bilaterais futuras.
MI5, o serviço de segurança interna do Reino Unido, demonstrou estar “muito relaxado” em relação ao projeto de construção de uma super-embaixada chinesa de 20.000 m² em Royal Mint Court, Londres. A informação foi revelada durante uma reunião privada entre representantes da MI5 e o presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle. A decisão sobre a aprovação do projeto deve ocorrer até 10 de dezembro.
A construção da nova embaixada, que substituiria a atual localizada em Portland Place, já enfrentou atrasos devido a preocupações políticas e de segurança. Apesar dos riscos de espionagem associados à instalação de uma grande embaixada, o diretor geral da MI5, Ken McCallum, afirmou que a agência possui a experiência necessária para manejar esses desafios. Ele destacou que a MI5 tem mais de um século lidando com riscos associados a embaixadas estrangeiras no Reino Unido.
Desafios e Oportunidades
Críticos do projeto levantaram preocupações sobre a segurança da área, especialmente em relação a cabos subterrâneos que conectam a City de Londres e o impacto no tráfego local. No entanto, especialistas em segurança argumentam que, apesar de as embaixadas serem conhecidas como “ninhos de espiões”, a centralização das operações em uma única localização pode facilitar a supervisão das atividades diplomáticas.
O governo britânico já adiou a decisão sobre a embaixada chinesa duas vezes, o que gerou descontentamento em Pequim. A China, por sua vez, está bloqueando reformas na embaixada britânica em Beijing até que a situação da nova embaixada em Londres seja resolvida. A expectativa é que a construção avance, alinhando-se com as visitas bilaterais planejadas, incluindo uma futura viagem do líder trabalhista Keir Starmer à China.