- A unidade russa Rusich, ligada ao grupo Wagner, divulgou no Telegram um suposto concurso que premiará em criptomoedas quem enviar fotos com prisioneiros ucranianos mortos.
- Uma imagem mostra um soldado posando ao lado de corpos de soldados ucranianos, gerando condenação e desmentidos oficiais sobre o tratamento de prisioneiros.
- A prática é formalmente encarada como crime de guerra e levanta questões sobre as condições dos prisioneiros e a ética militar, em meio a ações já associadas à Rusich desde o início do conflito.
- O episódio teve reação de canais ultranacionalistas que propagaram a ideia, enquanto um membro do Cuerpo de Voluntarios Rusos, que apoia a Ucrânia, pediu vingança e compartilhou imagens de soldados ucranianos com corpos de combatentes russos.
- Historicamente, a Rusich já publicou diretrizes para a eliminação de prisioneiros desde o começo da invasão, com denúncias de violência e execuções em massa relacionadas aos prisioneiros ao longo de 2022–2024.
Um novo episódio de brutalidade no conflito entre Rússia e Ucrânia emergiu, envolvendo uma unidade russa que promove um concurso macabro. A unidade Rusich, conhecida por suas práticas extremistas, anunciou que recompensará em criptomoedas aqueles que enviarem fotos com prisioneiros ucranianos mortos. A divulgação ocorreu através do canal da unidade no Telegram, onde um soldado aparece posando ao lado de corpos de soldados ucranianos.
A proposta gerou uma onda de condenação e desmentidos oficiais sobre o tratamento de prisioneiros. A prática, considerada um crime de guerra, levanta sérias preocupações sobre as condições dos prisioneiros e a ética militar. A unidade Rusich, ligada ao grupo Wagner, já foi associada a execuções e propaganda violenta desde o início do conflito.
Reações e Implicações
A imagem do concurso foi inicialmente compartilhada por canais ultranacionalistas e rapidamente se espalhou. Um membro do Cuerpo de Voluntarios Rusos, que apoia a Ucrânia, também se manifestou, pedindo vingança e compartilhando fotos de soldados ucranianos posando com corpos de combatentes russos. Essa dinâmica de competição entre as forças de ambos os lados intensifica a narrativa de violência e desumanização.
O Convenio de Genebra, que regula o tratamento de prisioneiros de guerra, proíbe explicitamente a execução de soldados rendidos. O documento enfatiza que a responsabilidade pelo tratamento dos prisioneiros recai sobre a potência detentora, não sobre os indivíduos que os capturaram. A violação dessas normas é um reflexo da deterioração da moralidade em conflitos armados.
Contexto Histórico
As práticas de execução não são novas. Desde o início da invasão em 2022, a unidade Rusich já havia publicado diretrizes para a eliminação de prisioneiros. A brutalidade se intensificou, com denúncias de assassinatos em massa de prisioneiros ucranianos em 2024. O líder da unidade, Alexéi Milchakov, é conhecido por sua ideologia ultradireitista e por promover uma cultura de violência.
As consequências dessa espiral de violência afetam não apenas os combatentes, mas também a sociedade como um todo. A desumanização do inimigo e a glorificação da morte são características que marcam este conflito, levando a um ciclo vicioso de retaliação e brutalidade.