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Diplomata italiana em Sarajevo revela que Itália investigou e cortou os safáris humanos

Michael Giffoni confirma safáris humanos em Sarajevo; SISMI abriu e encerrou investigação em 1994; denúncia acusa Aleksandar Vučić, que nega

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Durante o cerco de Sarajevo, surgiram denúncias de “safáris humanos”, em que estrangeiros pagavam para atirar em civis; Michael Giffoni, ex-diplomata italiano, disse que autoridades bosníacas informaram o SISMI, que interrompeu a investigação em março de 1994, e que documentos italianos podem conter informações adicionais.
  • Edin Subasić, ex-agente de inteligência bosníaco, confirmou a descoberta da prática após interrogatório de um prisioneiro serbo-bosnio; os safáris envolviam turistas que viajavam de Trieste a Belgrado, depois por terra até Sarajevo, com o SISMI identificando os organizadores, mas a investigação foi encerrada.
  • Uma nova denúncia na Fiscalía de Milão acusa Aleksandar Vučić, atual presidente da Sérvia, de envolvimento; Domagoj Margetic afirma que Vučić atuou como voluntário em Sarajevo e esteve em posições de combate. Vučić nega participação.
  • Margetic afirma que Vučić fornecia logística para os francotiradores, citando testemunhos que o ligam a atividades durante o conflito; o presidente sérvio rebateu, dizendo que as acusações são mentiras e distorções.

Durante o cerco de Sarajevo, surgiram denúncias sobre a prática de “safáris humanos”, onde estrangeiros pagavam para atirar em civis. Michael Giffoni, ex-diplomata italiano, confirmou em entrevista que autoridades bosnícas informaram o SISMI, o serviço de inteligência da Itália, que interrompeu a investigação em março de 1994. Giffoni destacou que documentos italianos podem conter informações adicionais sobre o caso.

O ex-agente de inteligência bosníaco, Edin Subasić, corroborou a informação, afirmando que a prática foi descoberta após interrogar um prisioneiro serbo-bosnio. Os safáris humanos envolviam turistas de guerra que viajavam de avião de Trieste a Belgrado e depois por terra até Sarajevo. Giffoni lembrou que a inteligência bosníaca alertou o SISMI, que identificou os organizadores, mas a investigação foi encerrada.

Novas Acusações

Recentemente, uma nova denúncia apresentada na Fiscalía de Milão acusa o atual presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić, de envolvimento nos safáris. O jornalista croata Domagoj Margetic afirmou que Vučić, que era secretário geral do Partido Radical Sérvio, atuou como voluntário durante a guerra e estava presente em posições de combate em Sarajevo. Vučić nega as acusações, alegando que nunca participou de tais atos.

Margetic afirma que Vučić fornecia logística para os francotiradores e cita testemunhos que o ligam a atividades durante o conflito. O presidente sérvio, por sua vez, refutou as alegações, chamando-as de mentiras e distorções sobre seu papel na guerra.

Esses novos desdobramentos reacendem a discussão sobre as responsabilidades e os crimes cometidos durante o conflito, além de trazer à tona a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre as ligações entre autoridades e as práticas denunciadas.

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