- Kirill Dmitriev, atual chefe do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) e figura próxima ao Kremlin, busca um plano de paz para a Ucrânia e se aproxima de interlocutores americanos e privados, incluindo Steve Witkoff.
- As reuniões com Witkoff, em Florida, no final de outubro, representam uma tentativa de influenciar as negociações de paz, em um momento de deterioração das relações entre Estados Unidos e Rússia após acusações de obstrução à paz.
- Dmitriev nasceu na Ucrânia, estudou em Stanford e Harvard e teve impulso ao fundar o RDIF, que atrai investimentos internacionais para a Rússia; apesar da ascendência ucraniana, ele apoia o Kremlin, gerando tensões com o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
- Fontes dizem que Dmitriev enfrenta adversários na elite russa, mas sua utilidade para o presidente Vladimir Putin o mantém em posição privilegiada; ele recusou ajuda de outros membros do governo para buscar relações com os EUA.
- O plano de paz em discussão pode mudar o rumo da guerra na Ucrânia e fortalecer a influência de Dmitriev no Kremlin, tornando-o uma figura mais relevante em finanças e na política internacional.
Kirill Dmitriev, figura central nas finanças russas e atual chefe do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), está emergindo como um protagonista em um novo plano de paz para a Ucrânia. Com forte ligação ao Kremlin, Dmitriev, que tem formação em Harvard, busca uma aproximação com interlocutores americanos e privados, incluindo Steve Witkoff, enviado de Donald Trump.
O cenário se intensificou após a deterioração das relações entre os EUA e a Rússia, quando Trump acusou Moscou de dificultar a paz na Ucrânia. Dmitriev, que já ocupou cargos em instituições como McKinsey e Goldman Sachs, viu uma oportunidade de se destacar e se reuniu com Witkoff na Flórida no final de outubro. Esses encontros podem ser um divisor de águas nas negociações de paz, segundo fontes próximas.
Ascensão e Controvérsias
Nascido na Ucrânia, Dmitriev teve uma trajetória acadêmica de destaque, passando por instituições como Stanford e Harvard. Sua carreira teve um impulso significativo ao fundar o RDIF, que atraiu investimentos internacionais para a Rússia. Apesar de sua ascendência ucraniana, ele se tornou um defensor fervoroso do Kremlin, o que gerou tensões, especialmente com o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Fontes indicam que Dmitriev tem feito inimigos dentro da elite política russa, mas sua utilidade para Putin o mantém em uma posição privilegiada. Ele recusou ajuda de outros membros do governo para construir relações com os EUA, optando por seguir seu próprio caminho nas negociações de paz. A rivalidade com Lavrov é notória, e os dois já tiveram desavenças públicas durante tentativas de diálogo com os americanos.
Dmitriev, que sempre desejou uma posição de destaque no cenário global, agora vê sua chance. O plano de paz que está sendo discutido pode não apenas mudar o rumo da guerra na Ucrânia, mas também solidificar sua influência dentro do Kremlin, tornando-o uma figura ainda mais relevante nas finanças e na política internacional.