- Volodymyr Zelenskyy afirmou que discutirá um novo plano de paz com Donald Trump nos próximos dias; o documento, supostamente elaborado por autoridades russas e norte‑americanas, propõe ceder território à Rússia, readmitir a Rússia ao G8 e impedir a adesão da Ucrânia à Organização do Tratamento do Atlântico Norte (OTAN).
- O texto sugere zonas desmilitarizadas, redução do Exército ucraniano para 600 mil homens e a supervisão da usina nuclear de Zaporizhzhia pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA); Zelenskyy disse que qualquer acordo deve respeitar a independência e soberania ucranianas, mas autoridades do país consideraram a proposta uma capitulação.
- A proposta prevê que Crimea, Luhansk e Donetsk sejam reconhecidas como parte da Rússia; também cria um fundo de 100 bilhões de dólares em ativos russos congelados para reconstrução da Ucrânia e um investimento conjunto EUA‑Rússia.
- As reações do governo ucraniano foram de cautela, com críticas de autoridades que classificaram o texto como absurdo e afirmaram que ele viola as linhas vermelhas do país.
- Diplomaticamente, o plano discute reduzir as tropas da OTAN na Ucrânia e não enviar tropas da aliança ao território, o que contraria as expectativas de Kyiv de uma força de paz europeia; ainda prevê a reintegração da Rússia à economia global com sanções restabelecidas caso haja novas agressões.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, anunciou que discutirá um novo plano de paz com Donald Trump nos próximos dias. O documento, supostamente elaborado por autoridades russas e norte-americanas, propõe a cedência de território à Rússia, a reintegração da Rússia ao G8 e a proibição da adesão da Ucrânia à NATO.
O plano sugere a criação de zonas desmilitarizadas e a redução do Exército ucraniano para 600 mil soldados, além da supervisão da usina nuclear de Zaporizhzhia pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). Zelenskyy expressou que qualquer acordo deve respeitar a independência e soberania da Ucrânia, mas a reação de autoridades ucranianas foi negativa, considerando o texto como uma “capitulação” inaceitável.
Reações ao Plano
A proposta, que repete demandas russas anteriores, é vista como uma violação das “linhas vermelhas” da Ucrânia. O governo ucraniano teme que a aceitação do plano signifique a perda de sua soberania. A administração presidencial ucraniana, embora cautelosa, enfrenta críticas de oficiais que consideram o documento “absurdo”.
Além disso, o plano prevê que a Crimeia, Luhansk e Donetsk sejam reconhecidas como parte da Rússia. A proposta inclui também a criação de um fundo de 100 bilhões de dólares em ativos russos congelados para ajudar na reconstrução da Ucrânia, além de um investimento em um fundo de investimento EUA-Rússia.
Implicações Diplomáticas
As negociações, que envolvem a redução das tropas da NATO na Ucrânia, levantam preocupações sobre a segurança da região. A proposta sugere que a NATO não envie tropas para o país, o que contraria as expectativas de Kyiv por um força de paz europeia. A reintegração da Rússia na economia global após anos de sanções também faz parte do plano, com a promessa de que sanções serão restabelecidas se houver novas agressões.
O plano, se aceito, poderá redefinir a dinâmica de segurança na Europa e terá impactos diretos sobre as relações entre a Ucrânia e seus aliados ocidentais.