- O G20 será em Joanesburgo neste sábado e envolve conflito entre a África do Sul, país anfitrião, e os Estados Unidos sobre a participação americana, que enviariam apenas um oficial júnior da embaixada para o encerramento.
- O presidente Cyril Ramaphosa afirmou que a soberania do país deve ser respeitada e que não aceitará um representante de baixo escalão; os EUA discutem como a participação pode ocorrer, enquanto a Casa Branca diz não haver participação em talks oficiais, limitando-se a um gesto de reconhecimento para o próximo país anfitrião, que será os Estados Unidos em 2026.
- Críticas à postura americana se intensificam, com o porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desqualificando as declarações de Ramaphosa; a ausência de um embaixador dos Estados Unidos em Pretória e a presença de apenas um oficial júnior são vistos como desconsideração ao país anfitrião.
- Protestos em Joanesburgo acompanham a cúpula, destacando questões sociais como a violência contra mulheres; milhares de sul‑africanos participaram de ato simbólico em memória das vítimas, evidenciando urgência de discutir desigualdade e direitos humanos.
- Durante a presidência sul‑africana do G20, o país prioriza transição para energia justa, dívida e desigualdade global; busca ampliar financiamento para iniciativas sustentáveis e aumentar a resiliência a desastres, com a cúpula destacando o papel africano e debater dívida pública e acesso a minerais para tecnologias verdes.
O G20, que ocorrerá em Joanesburgo, África do Sul, neste sábado, está marcado por um intenso conflito entre o país anfitrião e os Estados Unidos. A disputa gira em torno da participação americana, com o governo sul-africano reclamando da decisão dos EUA de enviar apenas um oficial júnior da embaixada para a cerimônia de encerramento.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, afirmou que a soberania do país deve ser respeitada e que não aceitará um “representante de baixo escalão”. Ele ressaltou que os EUA mudaram de postura em relação à participação no G20 e estão discutindo como isso pode ocorrer. A Casa Branca, por sua vez, reafirmou que não participará de discussões oficiais, limitando a presença a um gesto de reconhecimento do próximo país anfitrião, que será os EUA em 2026.
Reações e Protestos
As críticas à postura americana têm se intensificado, tanto em nível nacional quanto internacional. O porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desqualificou as declarações de Ramaphosa, afirmando que a linguagem utilizada pelo presidente sul-africano não é bem-vinda. A ausência de um embaixador dos EUA em Pretória e a presença de um oficial júnior foram vistas como uma desconsideração ao país anfitrião.
Além das tensões diplomáticas, protestos em Joanesburgo coincidem com a cúpula, destacando questões sociais, como a violência contra mulheres. Milhares de sul-africanos participaram de um ato simbólico em memória das vítimas, evidenciando a urgência de discutir desigualdade e direitos humanos durante o evento.
Prioridades da África do Sul
Durante sua presidência do G20, a África do Sul se comprometeu a abordar temas cruciais, como a transição para uma energia justa, a questão da dívida e a desigualdade global. Ramaphosa tem buscado apoio para aumentar o financiamento em iniciativas sustentáveis e melhorar a resiliência a desastres, refletindo as necessidades da região.
A cúpula do G20, sendo a primeira no continente africano, representa uma oportunidade para o país mostrar seu papel como líder em questões que afetam a África e o mundo. A expectativa é que a reunião traga à tona discussões sobre o impacto da dívida pública e o acesso a minerais essenciais para tecnologias verdes, temas que são prioritários na agenda do governo sul-africano.