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TNT Europe precisa se defender e acaba sendo usada em Gaza, afirma deputado polonês

Parlamento polonês acusa a Nitro-Chem de priorizar TNT para os EUA, prejudicando defesa europeia; contrato de US$ 310 milhões fixa 18 mil toneladas para 2027–2029

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Israeli airstrike hits al-Ruya Tower in Gaza. A report written by a collection of Palestinian NGOs claims that without Polish-made TNT the scale of the bombardment of Palestinians would not have been possible. Photograph: Anadolu/Getty Images
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  • A Polônia, pela Nitro-Chem, produz entre dez mil e doze mil toneladas de TNT por ano, com parte exportada para os Estados Unidos e uso em armamentos que abastecem Israel na Faixa de Gaza.
  • O deputado Maciej Konieczny (Razem) afirmou no parlamento que a priorização do TNT para os EUA compromete a defesa europeia, citando um contrato assinado em abril de 2025 para fornecimento de dezoito mil toneladas à EUA entre 2027 e 2029, no valor de US$ 310 milhões.
  • Segundo Konieczny, esses contratos dificultam a manutenção de reservas polonesas; em caso de conflito, o país teria material suficiente apenas para um mês de operações. A situação também impacta o fornecimento de munição à Ucrânia.
  • A produção polonesa é clave porque a indústria americana não atende sozinha a toda a demanda; a única fonte alternativa na Ucrânia está sob ocupação russa, restringindo opções. Organizações palestinas dizem que o TNT polonês intensifica ataques em Gaza.
  • Konieczny questiona se a Polônia está priorizando Gaza em detrimento da segurança europeia; a Nitro-Chem reitera que opera conforme leis nacionais e internacionais pertinentes à indústria de armamentos.

A Polônia, através da empresa Nitro-Chem, produz entre 10 mil e 12 mil toneladas de TNT anualmente, sendo uma parte significativa exportada para os Estados Unidos. Esses explosivos são utilizados em armamentos que abastecem Israel, especialmente em operações na Faixa de Gaza. O deputado polonês Maciej Konieczny, do partido Razem, destacou em recente discurso no parlamento que essa priorização do TNT para os EUA compromete a capacidade de defesa da Europa.

Em abril de 2025, a Nitro-Chem firmou um contrato de US$ 310 milhões para fornecer 18 mil toneladas de TNT aos EUA entre 2027 e 2029. Konieczny afirmou que, devido a esses contratos, a Polônia enfrenta dificuldades em manter suas reservas de explosivos. Ele alertou que, em caso de conflito, o país disporia de material suficiente apenas para um mês de operações. Além disso, a falta de TNT afeta a capacidade de fornecer munição à Ucrânia.

A produção polonesa de TNT é crucial, uma vez que a indústria americana não consegue suprir sua demanda internamente. A situação é ainda mais complexa, pois a única fonte alternativa de TNT na Ucrânia está sob ocupação russa, limitando ainda mais as opções. Organizações não governamentais palestinas afirmam que o TNT polonês é fundamental para a intensidade dos ataques aéreos em Gaza, alegando que sem ele, o impacto das operações militares seria significativamente menor.

Konieczny questionou se a Polônia está priorizando as necessidades de Gaza em detrimento da segurança europeia. A Nitro-Chem, por sua vez, defende que suas operações seguem as leis nacionais e internacionais pertinentes à indústria de armamentos.

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