- Jeff Cowan foi considerado culpado em quatro acusações de fraude pela Suprema Corte de Ontário, encerrando o sexto processo relacionado às falsificações de Morrisseau.
- Cowan foi responsabilizado por fornecer centenas de falsificações e documentos de proveniência falsos, enganando o público e dois clientes em transações que somaram mais de C$ 5.000.
- As fraudes envolvendo Morrisseau, que faleceu em 2007, são descritas como a maior fraude artística da história canadense, com estimativas de que as falsificações valem mais de C$ 100 milhões.
- As redes de falsificação incluem o esquema liderado por Voss, com entre 4.500 e 6.000 falsificações, e outro iniciado por Lamont em Thunder Bay, com 150 a 200 falsificações.
- Uma audiência de confisco está prevista para fevereiro para discutir o destino de 1.000 pinturas apreendidas; a investigação continua.
A saga das falsificações das obras do artista indígena canadense Norval Morrisseau chegou a um ponto decisivo com a condenação de Jeff Cowan. O comerciante de arte foi considerado culpado em quatro acusações de fraude na Suprema Corte de Ontário, encerrando o sexto processo sobre um esquema que se estende desde 1995. Cowan, que se defendeu no tribunal, foi responsabilizado por fornecer centenas de falsificações e documentos de proveniência falsos, enganando o público e dois clientes em transações que totalizavam mais de C$ 5.000.
As fraudes envolvendo Morrisseau, que faleceu em 2007, têm sido descritas como a maior fraude artística da história canadense, com estimativas de que as falsificações possam valer mais de C$ 100 milhões. O aumento exponencial do valor das obras do artista após sua morte intensificou o problema das falsificações, que incluem milhares de peças imitando seu estilo.
Contexto de Falsificações
Desde 1995, diversas redes de falsificação foram identificadas. Um dos principais envolvidos, Voss, produziu entre 4.500 e 6.000 falsificações. Outro esquema, iniciado por Lamont em Thunder Bay, gerou cerca de 150 a 200 falsificações. A situação ganhou mais visibilidade após o lançamento do documentário “There Are No Fakes”, que expôs a profundidade do problema e ajudou a reverter decisões judiciais em favor de vítimas de fraudes.
A condenação de Cowan não encerra completamente a questão. Uma audiência de confisco está agendada para fevereiro de 2024, onde será discutido o destino de 1.000 pinturas apreendidas pela polícia durante as investigações. Cory Dingle, diretor executivo da herança de Morrisseau, confirmou que novos detalhes sobre o caso e as obras continuam a emergir. A investigação continua a ser um foco de atenção na luta contra fraudes artísticas no Canadá.