- Zelenskyy disse que a Ucrânia vive um dos seus momentos mais difíceis, enquanto Trump pressiona Kyiv a aceitar um plano de paz que cederia parte do território à Rússia, com prazo estabelecido para o dia de Ação de Graças, 28 de novembro, para assinatura.
- Em discurso, o presidente ucraniano afirmou que o país enfrenta uma decisão entre manter a dignidade ou arriscar perder um importante aliado, os Estados Unidos, e que aceitar o plano pode comprometer liberdade, justiça e soberania.
- A proposta de Trump, com 28 pontos, prevê a entrega de regiões do Donbas, a redução do tamanho do exército ucraniano, a ausência de forças de paz europeias e a vedação à adesão da Ucrânia à OTAN, assunto discutido com o vice-presidente JD Vance.
- Líderes europeus como Emmanuel Macron e Friedrich Merz apoiam Kyiv, dizendo que qualquer acordo deve ser justo e respeitar as linhas vermelhas da Ucrânia; a proposta de Trump é vista como retrocesso e precedente perigoso.
- Desafios internos incluem escândalo de corrupção envolvendo membros do governo; a sociedade civil critica o plano, avaliando-o como unilateral e rendição disfarçada, e especialistas alertam sobre o risco de consolidar a Rússia como potência predatória na Europa.
Volodymyr Zelenskyy declarou que a Ucrânia enfrenta um dos seus momentos mais difíceis enquanto Donald Trump pressiona o país a aceitar um plano de paz que exigiria concessões territoriais à Rússia. O ex-presidente dos EUA estabeleceu o próximo dia de Ação de Graças, 28 de novembro, como prazo para que Kiev assine o acordo, considerado por muitos como uma capitulação.
Em um discurso solene, Zelenskyy afirmou que a nação se encontra em uma situação impossível, onde deve escolher entre manter sua dignidade ou arriscar perder um importante aliado, os Estados Unidos. O presidente ucraniano ressaltou que aceitar a proposta de Trump poderia resultar na perda de liberdade e justiça para seu povo, além de comprometer a soberania nacional.
Proposta de Paz e Reações
A proposta de 28 pontos de Trump inclui a entrega de regiões do Donbas e a redução do tamanho do exército ucraniano. Também exclui a presença de forças de paz europeias e impede a adesão da Ucrânia à OTAN. Durante uma conversa com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, Zelenskyy discutiu detalhes do plano e expressou a necessidade de um caminho que respeite a dignidade ucraniana.
Líderes europeus, como Emmanuel Macron e Friedrich Merz, manifestaram apoio a Kiev, afirmando que qualquer acordo deve ser justo e considerar as linhas vermelhas da Ucrânia. Em contraste, a proposta de Trump é vista como um retrocesso, com a possibilidade de abrir precedentes perigosos para a agressão russa.
Desafios Internos e Críticas
Zelenskyy enfrenta pressão interna, exacerbada por um escândalo de corrupção envolvendo membros de seu governo. A reação da sociedade civil ucraniana ao plano de Trump tem sido amplamente negativa, com muitos o considerando unilateral e uma rendição disfarçada. Especialistas alertam que, se implementado, o acordo poderia consolidar a Rússia como uma potência predatória na Europa, comprometendo a segurança regional.