- O Brasil divulgou uma versão editada do rascunho de acordo da COP30 sem menção a combustíveis fósseis, gerando críticas de diversos países.
- A União Europeia prepara resistência firme e pretende bloquear o texto caso não haja referências claras aos fósseis e à transição energética.
- O texto também enfraquece o combate à deflorestação e não especifica fontes de financiamento climático.
- A ausência dos EUA na COP30 vulnerabiliza avanços em políticas verdes, já que o país tem papel relevante no debate sobre emissões.
- O acordo final depende da concordância de todos os 194 delegados, enquanto verifica-se divergência sobre caminhos para atingir emissões líquidas zero.
O Brasil divulgou uma versão editada do rascunho de acordo da COP30 sem menção a combustíveis fósseis, algo que gerou críticas entre várias delegações. A mudança representa um afastamento em relação às vias para alcançar emissões líquidas zero defendidas anteriormente.
A versão atualizada recebeu resistência da União Europeia, que sinalizou impedir o texto caso não haja referências claras a restrições e transições de combustíveis. Além disso, o documento enfraquece o combate ao desmatamento e não especifica fontes de financiamento climático.
COP30 ocorre no Brasil com participação de 194 delegações. A ausência dos Estados Unidos, citada por analistas, também influencia o tom das negociações, incluindo posições sobre a urgência de medidas climáticas.
Entre os atores, destacam-se a UE, outros grandes produtores de petróleo e gás, e países em desenvolvimento que defendem caminhos seguros para limitar o aquecimento global a 1,5°C. A Presidência da COP30, representada por André Corrêa do Lago, busca manter o foco em consenso entre todas as nações.
Pontos controversos abrangem o papel dos combustíveis fósseis, o endurecimento de regras sobre desmatamento e a origem de recursos para financiamento climático. O acordo precisa de aprovação unânime para avançar, mantendo a coordenação entre as 194 delegações.
Definição de financiamento climático
A proposta não detalha se o suporte financeiro virá de governos de países ricos ou do setor privado, o que deixa lacunas sobre garantias de apoio a países vulneráveis. A discussão segue com novas rodadas de negociações programadas para os próximos dias.