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Ex-eurodeputado do partido de Farage é condenado a mais de dez anos por subornos do entorno de Putin

Gill é condenado a mais de dez anos por oito delitos de suborno, recebendo mais de 45.000 euros de oligarca ucraniano aliado de Putin, abalando a imagem de Farage

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Nathan Gill, ex-eurodeputado do bloco de Nigel Farage, foi condenado a mais de dez anos de prisão por oito delitos de suborno praticados entre dois mil e dezoito e dois mil e dezenove, recebendo mais de quarenta e cinco mil euros de Oleg Voloshin, oligarca ucraniano ligado ao Kremlin.
  • A sentença foi proferida em vinte e um de novembro de dois mil e vinte e cinco, após investigação da polícia de Londres que identificou indícios de corrupção e possíveis impactos à segurança nacional.
  • Gill reconheceu a culpa em setembro; a investigação sugere que ele utilizava o cargo para promover argumentos pró-Rússia no Parlamento Europeu e justificar a agressão contra a Ucrânia. O FBI interceptou comunicações entre Gill e Voloshin, revelando o padrão de interações financeiras e políticas.
  • O Reform UK, partido de Farage, afastou-se do então ex-líder, qualificando as ações como reprocháveis e imperdoáveis; o secretário de Estado de Segurança, Dan Jarvis, disse que a conduta configura traição à segurança nacional.
  • A condenação levanta questões sobre a lealdade de Farage e do Reform UK, podendo afetar a imagem do partido e seu desempenho eleitoral; o tema também levou o Workers Party a exigir uma investigação interna sobre as atividades do Reform UK.

Nathan Gill, ex-eurodeputado do partido de Nigel Farage, foi condenado a mais de dez anos de prisão por aceitar sobornos de um oligarca ucraniano ligado ao Kremlin. A sentença, proferida em 21 de novembro de 2025, resulta de uma investigação da polícia de Londres, que apontou oito delitos de suborno entre 2018 e 2019, totalizando mais de 45.000 euros recebidos de Oleg Voloshin, aliado de Vladimir Putin.

Gill, que atuou como eurodeputado e chegou a ser líder do partido Reform UK, admitiu sua culpabilidade em setembro. Ele usava sua posição para promover argumentos a favor da Rússia no Parlamento Europeu, justificando a agressão russa contra a Ucrânia. A investigação, conduzida pelo Departamento Antiterrorista da Polícia Metropolitana, foi iniciada após o FBI interceptar comunicações entre Gill e Voloshin, que revelaram a natureza corrupta de suas interações.

Reação do Partido Reform UK

Após a condenação, o partido Reform UK, de Farage, se distanciou de Gill, descrevendo suas ações como “reprocháveis” e “imperdoáveis”. O partido expressou satisfação com a sentença, que, segundo o secretário de Estado de Segurança, Dan Jarvis, representa uma traição à segurança nacional britânica.

A condenação de Gill surge em um momento em que o Reform UK se destaca nas pesquisas eleitorais, forçando tanto o governo quanto a oposição a adotar uma retórica populista similar. A situação também foi explorada pelo Partido Trabalhista, que pediu uma investigação interna sobre as atividades do Reform UK, enfatizando a necessidade de manter a integridade política.

Implicações Políticas

As ações de Gill levantam questões sobre a lealdade de Farage e seu grupo em relação à segurança nacional do Reino Unido. O ex-líder do UKIP e Brexit Party, frequentemente visto como próximo de Putin, agora enfrenta um escrutínio intenso. A juíza Bobby Cheema-Grubb destacou que o comportamento de Gill não apenas manchou sua reputação, mas também teve repercussões que vão além de seu próprio honor.

Enquanto isso, Farage tenta minimizar sua conexão com Gill, embora fontes do partido confirmem uma longa amizade entre os dois. A condenação de Gill pode impactar a imagem do Reform UK e suas chances nas próximas eleições, levando a um debate mais amplo sobre a influência russa na política britânica.

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