- No G20 em Joanesburgo, líderes europeus disseram que o rascunho do plano de paz dos EUA para a Ucrânia exige trabalho adicional e pode prever concessões a Moscou, como partes da região do Donbas e restrições militares; a administração Biden deu prazo até quinta-feira para Kyiv responder.
- Em reunião à margem do encontro, França, Alemanha e Reino Unido concordaram que o rascunho traz elementos importantes, mas é apenas um ponto de partida; as declarações destacaram que fronteiras não devem ser alteradas pela força e que questões envolvendo a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) precisam de aprovação mútua.
- O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, manifestou preocupação com propostas de limitação militar à Ucrânia, enfatizando que o país precisa manter sua capacidade de defesa e que as discussões com os EUA devem ocorrer em breve.
- O presidente francês, Emmanuel Macron, questionou a eficácia do G20, dizendo que o grupo está em risco por falta de consenso em crises globais, e defendeu ações concretas para a relevância do fórum; afirmou que não pode haver paz na Ucrânia sem soberania ucraniana.
- Além da Ucrânia, líderes discutiram Sudão e Palestina; a ausência de Donald Trump e de chefes da Rússia e da China levantou dúvidas sobre a credibilidade do encontro, enquanto o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ressaltou a importância da cooperação multilateral.
Líderes europeus reunidos no G20 em Joanesburgo afirmaram que o plano de paz dos EUA para a Ucrânia “exigirá trabalho adicional”. O rascunho, que vazou recentemente, sugere concessões a Moscou, incluindo a entrega de partes da região do Donbas e restrições militares à Ucrânia. A administração Biden deu um prazo até quinta-feira para que Kyiv responda ao documento.
Durante uma reunião à margem do encontro, os líderes europeus, incluindo representantes da França, Alemanha e Reino Unido, concordaram que o rascunho contém elementos essenciais para uma paz justa, mas é apenas um ponto de partida. “As fronteiras não devem ser alteradas pela força”, afirmaram em declaração conjunta. Eles também ressaltaram que qualquer aspecto relacionado à União Europeia e à OTAN precisaria de aprovação mútua.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou preocupações sobre as propostas de limitação militar à Ucrânia, enfatizando a necessidade de que o país mantenha sua capacidade de defesa. Starmer mencionou que as discussões com os EUA devem ocorrer em breve, destacando a importância de um consenso entre os aliados.
Críticas e Eficácia do G20
O presidente francês, Emmanuel Macron, questionou a eficácia do G20, alertando que o grupo “está em risco” devido à sua dificuldade em encontrar consenso sobre crises globais. Ele destacou que “não pode haver paz na Ucrânia sem respeito pela soberania ucraniana”. Macron defendeu a necessidade de ações concretas para revitalizar a relevância do G20.
Além do foco na Ucrânia, os líderes também discutiram a paz em outras regiões, como Sudão e a Palestina. A ausência de Donald Trump e de outros líderes, como os da Rússia e da China, levantou preocupações sobre a credibilidade do encontro. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reiterou a importância da cooperação multilateral para enfrentar os desafios globais.