- Steve Witkoff redigiu o esboço de um novo acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
- Sanções dos EUA contra duas empresas russas de petróleo entraram em vigor recentemente; Congresso avalia novo pacote sancionatório ainda neste ano.
- Ucrânia tem déficit orçamentário estimado em cerca de $61 bilhões nos próximos dois anos, com US$ 18 bilhões previstos para o próximo ano.
- Denúncias de corrupção sistêmica em Kyiv ganham força, envolvendo círculos próximos ao presidente Zelensky.
- Esforços europeus para financiar a Ucrânia enfrentam entraves; ideia de usar ativos do banco central russo como garantia falhou, levando a novas buscas por apoios variados e dilemas fiscais na União Europeia.
Steve Witkoff, assessor da administração Trump, elaborou o esboço de um novo acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, em meio a sanções norte-americanas sobre duas grandes companhias petrolíferas russas que entraram em vigor recentemente. O Congresso avalia um novo pacote de sanções que pode ser aprovado ainda neste ano. Ucrânia enfrenta um déficit orçamentário relevante para o próximo ano, com a guerra refletindo em operações civis e militares.
Na prática, as medidas de pressão ocorrem em um momento de complexidade financeira para Kiev. A geração de receita interna representa uma parte significativa do financiamento da guerra, enquanto o restante depende de doações internacionais, incluindo fundos de instituições como o FMI e o Banco Mundial. A viabilidade de manter serviços públicos permanece estratégica para o governo ucraniano.
Finanças da Ucrânia e apoio internacional
Estimativas recentes apontam um déficit de cerca de 61 bilhões de dólares nos próximos dois anos, com 18 bilhões de dólares previstos para o próximo ano. A estrutura de financiamento envolve o uso de receitas fiscais domésticas para a guerra, enquanto o restante é abastecido por empréstimos externos e ajuda de parceiros. A questão central é a sustentação desses recursos diante de mudanças político-econômicas.
Desafios de financiamento na Europa
Esforços da UE, com a participação de outros financiadores, enfrentam entraves para assegurar o montante necessário até 2028, quando já está previsto um suporte de 100 bilhões de euros no orçamento europeu. Planos anteriores envolviam garantias de ativos sancionados, o que foi abandonado após divergências entre Estados-membros, incluindo Bélgica, Slovênia e Hungria.
Corrupção e governança em Kyiv
Denúncias de corrupção sistêmica atingem setores próximos ao governo de Kyiv, gerando preocupação sobre a gestão dos recursos em situação de guerra. Analistas destacam que a corrupção pode surgir em contextos de alto gasto de defesa e pressão política, sem, no entanto, deixar de ser um problema histórico no país.
Contexto e perspectivas
As negociações de paz, o andamento das sanções e o fluxo de financiamento ocorrem em um cenário de pressão internacional e de reconfiguração de apoios, com as partes buscando caminhos para manter a guerra sem comprometer serviços à população. O ritmo das ações dependerá da atuação de Washington e de parceiros europeus, bem como da capacidade de Kiev de gerenciar o orçamento sob condições extremas.