- Chernihiv enfrenta cortes de energia de até 14 horas por dia, com danos a uma subestação e desligamentos de geradores; moradores buscam aquecer-se e recarregar aparelhos em “pontos de invencibilidade”.
- Em residências, elevadores e bombas d’água ficam sem funcionamento durante os apagões, afetando rotinas e serviços básicos.
- Drones de ataque danificaram instalações elétricas, incluindo uma subestação de 110 kW, agravando a crise de fornecimento de energia na região.
- A situação é comentada por trabalhadores da rede e moradores, com relatos de prejuízos psicológicos e impactos na educação e nos atendimentos de saúde.
- A região de Chernihiv, próxima à fronteira com a Rússia, vive cenário de intensificação de ataques que visa mergulhar o país na escuridão, afetando também Kiev e outras áreas.
Chernihiv vive uma crise elétrica acentuada: cortes de até 14 horas diárias afetam residências e serviços. A cidade, que já sofreu ocupação russa em 2022, enfrenta danos a uma subestação e falhas no abastecimento, agravando o frio e impactos sociais.
Habitantes recorrem a veículos aquecidos por geradores, pontos de energia temporários e uso de lanternas para as atividades diárias. Perto de shoppings, o chamado ponto de invencibilidade oferece tomadas, acesso à internet via Starlink, chá e café para moradores.
A região de Chernihiv permanece entre as mais atingidas por ataques a infraestrutura elétrica, parte de uma campanha de interrupção de energia a nível nacional. O governo local descreve a ação como política de fragilização civil, enquanto técnicos trabalham para manter a rede e evitar novos apagões.
Impacto nos serviços e na comunidade
A falta de energia inviabiliza elevadores, bombas de água e operações hospitalares. Em unidades como o Hospital No 2, operações não urgentes são adiadas, e soluções de backup dependem de geradores e baterias. Médicos relatam peso emocional e pressão adicional no atendimento.
Segundo representantes da operadora Chernihivoblenergo, danos em uma subestação destruída por drones russos impediram a recuperação rápida da energia. A estrutura, sem teto, ficou comprometida após ataques repetidos, com incêndios que exigem trabalho de rescaldo pelos técnicos.
A população local também sofre com impactos psicológicos e sociais; relatos indicam dificuldades de planejamento, isolamento e consequências para educação de crianças. Em meio a cortes, moradores demonstram resiliência e mantêm laços comunitários para enfrentar o frio e a incerteza.