- O plano dos Estados Unidos para Ucrânia, com 28 pontos, gera preocupação em Kiev e nas capitais europeias; UE, Canadá e Japão discutem uma resposta conjunta na cúpula do G-20.
- Em Genebra, Alemanha, França, Reino Unido e Itália participam de reuniões para debater o plano, com envio de assessores de segurança.
- Washington pressiona Kiev a aceitar a proposta; Driscoll afirmou a um grupo de embaixadores que o plano é o melhor que Ucrânia terá e que deve ser aceito rapidamente.
- O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que as propostas europeias, como garantias de segurança, sejam consideradas na negociação, destacando a necessidade de consulta aos aliados da região.
- A cúpula de Johannesburgo tem ausências significativas, entre elas de Donald Trump e Vladimir Putin, e Zelenski enfrenta uma decisão difícil sobre o caminho a seguir.
A tensão em torno do plano dos Estados Unidos para a Ucrânia ganhou contornos globais, com Kiev e a Europa atentos a cada desdobramento. Lide: EUA buscam abrir negociação, enquanto aliados manifestam cautela diante de um texto que não foi negociado com eles.
Em Genebra, dirigentes alemães, franceses, britânicos e italianos participam de reuniões com assessores de segurança de outros países. O objetivo é articular resposta coordenada a um plano que não recebeu consulta europeia, mas que perpassa as decisões de defesa e soberania da região.
Zelenski e autoridades ucranianas enfrentam uma decisão difícil. O conteúdo do plano aponta limites às Forças Armadas da Ucrânia e a renúncia a eventual integração à OTAN, além de abrir discussões sobre a península da Crimeia e territórios de Lugansk e Donetsk. Kiev exige garantias de segurança robustas.
Desdobramentos diplomáticos
Nesta semana, a cúpula do G-20, na África do Sul, reúne aliados da Ucrânia para definir linha comum. Alemanha, França, Reino Unido e Itália devem enviar asesores de segurança a Genebra, enquanto EUA sinalizam participação de altos representantes. O objetivo é salvaguardar interesses europeus sem abandonar a soberania de Kiev.
Cenário político e pressão
O presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, sinaliza que a decisão pode alterar o curso da guerra e das relações com Washington. O ex-presidente Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, não participam da cúpula de Johannesburgo, destacando a aleatoriedade das negociações em curso.
Avaliação de viabilidade
Quem participa defende que qualquer acordo deve respeitar fronteiras, soberania e segurança europeia. Embasados em garantias de paz, europeus buscam salvaguardar ativos russos e a integração europeia de Ucrânia, com cautela quanto à viabilidade de tropas de garantia fora do controle de Bruxelas.