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Marselha se levanta contra a omertà do narcotráfico

Seis mil duzentos marselheses saem de branco em protesto contra o narcotráfico; Mehdi Kessaci é morto, hipótese de encomenda por líder da DZ Mafia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Movilización de protesta contra el narcotráfico en Marsella.
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  • marselha voltou a registrar protestos neste sábado, com cerca de 6.200 pessoas vestidas de branco em defesa de justiça para mehdi kessaci, 20 anos, irmão de ativista anticródrico, morto há nove dias.
  • a investigação aponta para possível execução encomendada por líderes da dz mafia, representando desafio direto ao estado; o ministro do interior, laurent nuñez, destacou a gravidade do caso.
  • autoridades locais e nacionais participaram do ato, incluindo yaël braun-pivet, presidenta da assembleia nacional, e benoit payan, prefeito de marselha.
  • o ato reivindicou respostas efetivas do governo e apoio a organizações que atuam em comunidades afetadas pela violência e pelo tráfico de drogas.
  • organizações locais, como a apis, liderada por momo benmedoour, trabalham para oferecer oportunidades aos jovens e combater a influência do narcotráfico, afirmando que o medo não pode silenciar vozes por mudança.

A cidade de Marsella, na França, voltou a ser palco de intensos protestos neste sábado, com cerca de 6.200 pessoas nas ruas, vestidas de branco, clamando por justiça após o assassinato de Mehdi Kessaci, irmão de um ativista contra o narcotráfico. O crime, ocorrido há nove dias, é investigado como uma possível execução encomendada por líderes da DZ Mafia, evidenciando a crescente tensão entre o crime organizado e o Estado.

A manifestação, considerada uma das maiores contra o narcotráfico na história da cidade, contou com a presença de autoridades como a presidenta da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, e o prefeito de Marsella, Benoît Payan. Durante o evento, foram ouvidas exigências por respostas efetivas do governo e apoio a organizações que atuam nas comunidades mais afetadas pela violência e pelo tráfico de drogas.

Contexto de Violência

Marsella, marcada por uma divisão socioeconômica significativa, enfrenta um histórico de violência ligada à omertà, um código de silêncio que dificulta a luta contra o crime organizado. O assassinato de Kessaci, que tinha apenas 20 anos, remete aos anos 80, quando a máfia desafiou abertamente o Estado, como no caso do juiz Pierre Michel. A situação atual é vista como um desafio direto ao Estado francês, conforme destacado pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez.

A marcha também visou combater o clima de medo que se instaurou após o crime, onde muitos ativistas, incluindo educadores e mediadores, hesitam em se pronunciar publicamente. Amine Kessaci, irmão da vítima, enfatizou durante o protesto a necessidade de compromisso social e a urgência de políticas públicas que ofereçam alternativas aos jovens em risco.

A Luta Continua

Organizações locais, como a APIS, liderada por Momo Benmedoour, trabalham incansavelmente para oferecer suporte aos jovens e combater a influência do narcotráfico nas comunidades vulneráveis. Momo ressaltou que a falta de oportunidades e as condições de vida precárias são fatores que levam muitos jovens ao crime. Ele destacou que a luta contra o narcotráfico é uma batalha contínua, e que o medo não pode silenciar as vozes que clamam por mudança.

A mobilização em Marsella representa não apenas um grito de justiça, mas um chamado à ação coletiva para enfrentar os desafios impostos pelo crime organizado, reafirmando a determinação da cidade em não se submeter à violência e à intimidação.

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