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Organização sombria facilita fuga de Gaza através de Israel, diz reportagem

153 gazatíes chegam a Joanesburgo em voo fretado, sob controvérsia internacional após dez horas de viagem e visto de noventa dias

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vista de la destrucción en la Franja palestina, el pasado 9 de octubre.
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  • 153 gazatíes chegaram a Joanesburgo, África do Sul, em voo fretado promovido pela organização Al Majd Europe.
  • A viagem durou cerca de dez horas, com visto de 90 dias emitido, e houve confirmação ambígua sobre recebimento por um país terceiro não divulgado.
  • A imprensa sul-africana e a Embaixada Palestina questionaram a operação, após a chegada desencadear dúvidas sobre o destino final dos passageiros.
  • Os viajantes pagaram entre 1.000 e 3.000 euros e nem sempre sabiam para qual país estavam indo, descobrindo o destino apenas durante o voo.
  • Autoridades sul-africanas e da Organização para a Libertação da Palestina acusaram a organização de instrumentalizar a situação humanitária; o caso amplia a controvérsia sobre evacuações de Gaza promovidas pela Al Majd Europe, já responsável por três operações desde maio.

A operação de evacuação de Gaza levou 153 gazatíes a Joanesburgo, África do Sul, em uma passagem de cerca de 10 horas. O voo partiu de Israel, com visto de 90 dias para cada passageiro e recebimento por um terceiro país não especificado. A viagem ocorreu sob controvérsia e dúvidas sobre o destino final.

As autoridades sul-africanas e a Embaixada da Palestina em Pretoria manifestaram surpresa com a liberação, questionando a legalidade e a transparência do processo. A odisseia ocorreu num contexto de crise humanitária em Gaza, com dezenas de milhares buscando saídas desde o início de 2023.

A operação foi promovida pela organização Al Majd Europe, que opera voos fretados para Malásia, Indonésia, Kenia e África do Sul. Passagens foram vendidas entre 1.000 e 3.000 euros, segundo relatos de subsequentes destinos revelados durante a polêmica.

Críticos argumentam que a evacuação envolve instrumentalização da desesperação dos gazatíes para deslocamento e possíveis pressões demográficas. Fontes oficiais sul-africanas e a ANP acusam a organização de facilitar uma saída irregular.

Paralelamente, o governo israelense já criou mecanismos de migração voluntária para encaminhar habitantes da Franja a terceiros países. O Ministério da Defesa destacou que veículos passaram a funcionar para a saída voluntária, sob controle de fronteiras.

Desdobramentos e reações

Especialistas e autoridades sul-africanas reforçam a necessidade de controles mais rígidos e de transparência nos acordos com organizações que promovem evacuações. O ministro das Relações Exteriores da África do Sul sinalizou que não autorizará novos voos semelhantes.

O governo de Joanesburgo enfatizou a importância de evitar medidas que poderiam favorecer expulsões de palestinos. O caso também alimenta debates sobre direitos humanitários, responsabilidade internacional e a condução de evacuações em zonas de conflito.

Dados da Organização Mundial da Saúde e da ONU indicam condições precárias em Gaza, com fome e malnutrição entre crianças, reforçando o debate sobre a urgência de saídas seguras e monitoradas. A situação permanece de atenção internacional.

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