- O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, encerrou a cúpula do G20 em Joanesburgo, recusando a proposta dos Estados Unidos de passar a presidência a um diplomata de menor escalão; o encontro ocorreu entre 22 e 23 de novembro, com foco no multilateralismo.
- A ausência de líderes como Vladimir Putin, Xi Jinping e Javier Milei foi notada, e o comunicado final tratou de mudanças climáticas, igualdade de gênero e questões como Ucrânia e Oriente Médio.
- Ramaphosa disse que os países precisam agir juntos diante de desafios globais, ressaltando a importância da cooperação internacional.
- O governo sul-africano argumentou que a transferência da presidência violaria protocolos e que a responsabilidade caberia ao presidente dos Estados Unidos; Ronald Lamola, ministro das Relações Exteriores, declarou que a África do Sul está disponível caso os EUA apresentem a pretensão formal.
- A próxima cúpula do G20 está marcada para 2026 no Trump National Doral, em Miami.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, encerrou a cúpula do G20 em Joanesburgo, rejeitando uma proposta dos Estados Unidos para que a presidência fosse passada a um diplomata de menor escalão. O encontro, que ocorreu entre os dias 22 e 23 de novembro, teve como foco o fortalecimento do multilateralismo e a cooperação internacional, mas foi marcado pela ausência de líderes importantes, como Vladimir Putin, Xi Jinping e Javier Milei.
Durante seu discurso de encerramento, Ramaphosa enfatizou a importância de enfrentar os desafios globais e a necessidade de união entre as nações. Ele declarou: “Nos reunimos diante de desafios significativos e demonstramos nossa capacidade de agir em conjunto, mesmo em tempos difíceis”. A próxima cúpula do G20 está agendada para 2026, no Trump National Doral, em Miami.
Tensão com os EUA
A proposta de transferência da presidência para um diplomata dos EUA foi amplamente criticada. A África do Sul argumentou que tal ação violaria protocolos estabelecidos, afirmando que a entrega deveria ser feita pelo próprio presidente. Ronald Lamola, ministro das Relações Exteriores da África do Sul, afirmou que a responsabilidade agora recai sobre os EUA, dizendo: “Se eles quiserem vir, estamos disponíveis”.
A cúpula também foi ofuscada por um boicote dos Estados Unidos, que acusaram a África do Sul de discriminação racial, uma alegação que foi contestada por diversos analistas. A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, criticou a decisão de Ramaphosa, alegando que a África do Sul utilizou sua presidência para minar os princípios fundadores do G20.
Declarações e Desafios Futuros
O comunicado final do G20 abordou temas como mudanças climáticas e igualdade de gênero, reafirmando o compromisso das nações em buscar soluções para conflitos globais, incluindo a situação na Ucrânia e no Oriente Médio. A ausência de líderes como Putin e Xi, que delegaram suas representações a outros, também foi notada, refletindo as tensões geopolíticas atuais.
A cúpula encerrou-se com Ramaphosa batendo o gavel, simbolizando a transição de liderança e a continuidade dos diálogos entre as potências mundiais.