- A Gaza Humanitarian Foundation (GHF) anunciou o encerramento definitivo de operações em Gaza, afirmando ter cumprido sua missão de emergência, e informou planos de transferir atividades para o Civil-Military Coordination Center (CMCC) dos EUA, em meio a cessar-fogo e relatos de violência nos pontos de distribuição.
- A fundação operava quatro locais de distribuição que se tornaram foco de tensão entre maio e outubro, resultando em mortes e ferimentos de civis.
- A GHF entregou mais de 187 milhões de refeições a civis em Gaza e afirmou não ter desviado ajuda para grupos como o Hamas; enfrentou críticas por transparência e por ser apresentada como alternativa à ONU.
- A transferência envolve conversas com o CMCC e organizações internacionais; o ex-oficial da USAID, John Acree, afirmou que houve diálogo sobre os próximos passos.
- Entre vinte e cinco de maio e dezenove de junho, um hospital em Rafah registrou 1.874 pacientes feridos por armas; a GHF negou que violência tenha ocorrido em seus locais, reconhecendo os perigos enfrentados pelos civis ao buscar ajuda.
A Gaza Humanitarian Foundation (GHF) anunciou o encerramento definitivo de suas operações em Gaza, após cumprir sua missão de emergência. A decisão foi divulgada em meio a um cenário de cessar-fogo e relatos de violência nos pontos de distribuição de alimentos. A GHF operava quatro locais que se tornaram focos de tensão entre maio e outubro, resultando em mortes e ferimentos de civis.
A fundação, que foi vista como uma alternativa à ONU por autoridades israelenses e americanas, enfrentou críticas por sua falta de transparência e por ser acusada de desvio de recursos. Durante a crise humanitária, a GHF entregou mais de 187 milhões de refeições a civis em Gaza, afirmando que sua operação foi um sucesso sem desvio de ajuda para grupos como o Hamas. Contudo, a ONU e outros órgãos de ajuda se mostraram relutantes em colaborar com a fundação.
Transferência de Operações
A GHF planeja transferir suas atividades para o Civil-Military Coordination Center (CMCC) dos EUA, que foi criado para supervisionar a entrega de ajuda e o cessar-fogo na região. O ex-oficial da USAID, John Acree, destacou que a GHF esteve em conversações com o CMCC e organizações internacionais para discutir os próximos passos.
Apesar das alegações de que a GHF conseguiu entregar ajuda de forma segura, relatos de violência nos locais de distribuição não podem ser ignorados. Entre 25 de maio e 19 de junho, um hospital em Rafah registrou 1.874 pacientes feridos por armas, a maioria deles atingidos enquanto tentavam acessar a ajuda. A GHF negou que a violência tenha ocorrido em seus locais, mas reconheceu os perigos enfrentados pelos civis ao se deslocarem até eles.
Críticas e Responsabilidades
O porta-voz do Hamas pediu que a GHF seja responsabilizada pelos danos causados, citando a morte e lesões de milhares de palestinos. A fundação, por sua vez, foi elogiada pelo Departamento de Estado dos EUA, que destacou o papel da GHF na facilitação do cessar-fogo e na entrega de ajuda. A complexidade da situação em Gaza continua, com a necessidade urgente de soluções que garantam a segurança e a assistência humanitária aos civis.