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Irã tenta se reinventar enquanto enfrenta tensões internas crescentes

Irã avança no soft power e redesenha alianças regionais após ataques dos EUA; fórum em Teerã discute lei internacional sob ataque e aproximação com Arábia Saudita, Egito e Qatar

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
As Iran courts its Arab neighbours, deep divisions and a harsh internal crackdown suggest any soft-power shift will be painfully slow.
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  • O Irã busca uma nova abordagem diplomática em meio a tensões internas e externas, fortalecendo alianças regionais após ataques dos Estados Unidos em junho e ações de Israel.
  • Em Teerã, novembro, um think tank ligado ao Ministério das Relações Exteriores discutiu “lei internacional sob ataque”; diplomatas criticaram os EUA, ressaltando que violações ocorrem por potências ocidentais, e o ministro Abbas Araghchi defendeu a necessidade de um novo entendimento regional.
  • O país se aproxima de Arábia Saudita, Egito e Catar para estabelecer laços mais fortes, em um redesenho regional com apoio de um “grande deslocamento” nas visões do Conselho de Cooperação do Golfo, segundo o analista Trita Parsi, do Quincy Institute.
  • A Europa não condenou os ataques dos EUA que deixaram mais de mil iranianos mortos; a confissão de Donald Trump sobre participação na operação militar aumentou a indignação em Teerã.
  • Internamente, a inflação passa de cinquenta por cento e a repressão a dissidentes persiste; Mohammad Khatami criticou o governo por não libertar prisioneiros políticos e por restringir a internet; episódios culturais em Teerã, como a semana de design, foram interrompidos por segurança e debates sobre hijab.

O Irã está buscando uma nova abordagem diplomática em meio a um cenário de tensões internas e externas. Após os ataques dos Estados Unidos em junho e ações israelenses, o país tenta fortalecer suas alianças regionais. Em um contexto marcado por repressão interna e inflação elevada, o governo iraniano vê uma oportunidade de reposicionar sua influência no Oriente Médio.

Em um fórum realizado em Teerã em novembro, um think tank ligado ao ministério das Relações Exteriores discutiu o tema “lei internacional sob ataque”. Diplomatas e acadêmicos criticaram os EUA, destacando que a violação das normas internacionais não parte do Irã, mas sim de potências ocidentais. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que os fundamentos da lei internacional estão sob ataque, enfatizando a necessidade de um novo entendimento regional.

Mudanças na Dinâmica Regional

O Irã está se aproximando de países como Arábia Saudita, Egito e Catar, buscando estabelecer laços mais fortes. Essa mudança é impulsionada pela percepção de que a segurança regional deve ser uma prioridade compartilhada. Trita Parsi, do Quincy Institute, menciona um “grande deslocamento” nas visões do Conselho de Cooperação do Golfo, que antes via o Irã como a principal ameaça.

Além disso, a falta de condenação da Europa aos ataques dos EUA em junho, que resultaram na morte de mais de mil iranianos, ainda surpreende as autoridades iranianas. A recente confissão de Donald Trump sobre seu envolvimento na operação militar intensificou a indignação em Teerã.

Desafios Internos

Apesar das tentativas de melhorar sua imagem externa, o Irã enfrenta desafios significativos internamente. A inflação supera os 50%, e a repressão contra dissidentes continua intensa. O ex-presidente reformista Mohammad Khatami criticou a incapacidade do governo de libertar prisioneiros políticos e relaxar as restrições à internet.

Eventos culturais, como uma semana de design em Teerã, foram interrompidos por questões de segurança, mas também devido a reações contra a presença de mulheres sem hijab. Essa dualidade entre uma imagem de modernidade e a dura realidade da repressão mostra que qualquer tentativa de mudança no Irã será um processo longo e complicado.

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