- Na sexta-feira, 21 de novembro, mais de 300 alunas e 12 professores foram sequestrados da escola cristã St. Mary, no Níger, noroeste da Nigéria, o maior sequestro escolar da história do país; 50 meninas escaparam e 253 seguem em cativeiro.
- O governo anunciou a contratação de mais 30 mil policiais e o fechamento temporário de quase cinquenta colégios federais e escolas públicas, totalizando mais de dez mil instituições fechadas no norte da Nigéria.
- O episódio faz parte de uma onda crescente de violência contra escolas cristãs na Nigéria, associada a relatos sobre o sequestro de Chibok; especialistas alertam que a insegurança pode ampliar analfabetismo e pobreza entre crianças.
- Há indicativos de que grupos armados possam usar crianças como escudos humanos, aumentando o medo entre criminosos e a possibilidade de retaliações de potências estrangeiras.
- Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana, manifestou preocupação com a segurança infantil e pediu ações efetivas do governo para proteger as escolas e reverter o sequestro.
Na última sexta-feira, 21 de novembro, mais de 300 alunas e 12 professores foram sequestrados da escola cristã St. Mary, localizada no estado de Níger, noroeste da Nigéria. O ataque ocorreu nas primeiras horas da manhã e representa o maior sequestro escolar da história do país. Até o momento, 50 meninas conseguiram escapar, enquanto 253 permanecem em cativeiro.
O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, anunciou a contratação de mais 30 mil policiais após uma reunião com autoridades de segurança. A medida visa reforçar a proteção em áreas vulneráveis a ataques, especialmente em regiões remotas. Além disso, o governo determinou o fechamento temporário de quase 50 colégios federais e escolas públicas, totalizando mais de dez mil instituições fechadas no Norte da Nigéria.
Contexto de Insegurança
O sequestro em St. Mary se insere em uma onda crescente de violência contra escolas cristãs na Nigéria. Relatos anteriores já destacavam a preocupação com a segurança das instituições educacionais, especialmente após o sequestro das meninas de Chibok, que ainda impacta a sociedade. Especialistas alertam que a insegurança atual pode levar milhões de crianças ao analfabetismo e à pobreza, além de facilitar o recrutamento para grupos militantes.
A situação se agrava com a possibilidade de que grupos armados estejam utilizando crianças como “escudos humanos”. A escalada nos sequestros pode estar ligada a um clima de medo entre os criminosos, que temem represálias de potências estrangeiras. Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana, expressou sua profunda preocupação com a segurança das crianças e pediu ações efetivas do governo para proteger as escolas e garantir a volta dos sequestrados às suas famílias.