- No G20 em Joanesburgo, Sanae Takaichi não conseguiu reunião com Li Qiang, evidenciando o distanciamento entre Japão e China.
- As declarações sobre intervenção militar japonesa em Taiwan aumentaram a tensão; a China reagiu com alerta a viajantes, reimposição da proibição de importação de frutos do mar japoneses e cancelamento de eventos culturais.
- O governo japonês mantém a política em relação a Taiwan inalterada, segundo Takaichi.
- Apoio interno à atuação do governo alcançou 69,9%, segundo pesquisa da Kyodo, com 49% dos entrevistados apoiando autodefesa coletiva em caso de crise em Taiwan.
- A China considera as falas de Takaichi uma violação do direito internacional e manteve a postura de defesa de sua soberania, mantendo a tensão no Estreito de Taiwan.
Sanae Takaichi, primeira-ministra do Japão, não conseguiu se reunir com o premier chinês Li Qiang durante o G20 em Joanesburgo, o que evidencia o distanciamento entre os dois países. A tensão aumentou após suas declarações sobre uma possível intervenção militar japonesa em Taiwan, que provocaram a ira de Pequim.
As relações entre Japão e China se deterioraram, com Takaichi reafirmando que a política do Japão em relação a Taiwan permanece inalterada. No entanto, a resposta da China foi rápida e contundente. O governo chinês emitiu alertas a seus cidadãos sobre viagens ao Japão e reimpos a proibição de importação de frutos do mar japoneses, além de cancelar eventos culturais.
Apoio Interno e Consequências
Apesar das críticas e da pressão internacional, Takaichi conta com o apoio de 69,9% da população japonesa, segundo uma pesquisa da Kyodo. Esse número representa um aumento significativo em relação ao último levantamento. A maioria dos entrevistados (49%) também apoia a possibilidade de o Japão engajar-se em autodefesa coletiva em caso de crise em Taiwan.
A situação se agrava com a retórica de Beijing, que considera as declarações de Takaichi uma “violação grave do direito internacional”, prometendo defender sua soberania. A tensão no Estreito de Taiwan e a possibilidade de retaliações econômicas mais severas permanecem no horizonte, refletindo um cenário complexo e delicado nas relações entre Japão e China.