- EUA e Ucrânia avançam rumo a um novo plano de paz após reuniões em Genebra, com um marco atualizado que respeita a soberania ucraniana, mas há dúvidas sobre a viabilidade.
- O documento prevê garantias de segurança semelhantes ao Artigo cinco da OTAN, além de discutir entrada na aliança e realização de eleições futuras; o tema ainda depende de acerto entre EUA, Ucrânia e aliados.
- A reconstrução exige financiamento adicional: a União Europeia discute aporte de cem bilhões de euros para Kiev, em cúpula extraordinária com líderes europeus.
- O senador Marco Rubio manifestou otimismo sobre um acordo em breve, mesmo com prazos apertados definidos por políticas americanas.
- A entrada da Ucrânia na OTAN depende de consenso entre membros, considerado principal entrave, tornando crucial o ritmo das negociações nas próximas semanas.
Estados Unidos e Ucrânia estão se aproximando de um acordo sobre um novo plano de paz, após reuniões em Genebra, que visam encerrar a guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022. As negociações, que contaram com o apoio de representantes europeus, resultaram em um marco atualizado que respeita a soberania da Ucrânia. Contudo, dúvidas persistem sobre a viabilidade desse acordo, que se baseia em um plano de 28 pontos já discutido anteriormente.
A proposta inclui garantir a segurança da Ucrânia, permitindo que o país não precise reduzir significativamente seu exército ou armamento. O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, destacou que ainda há questões cruciais a serem resolvidas, como a eventual entrada da Ucrânia na OTAN e a realização de eleições em um futuro próximo. De acordo com um documento de trabalho, as garantias de segurança dos EUA devem ser equivalentes ao Artigo 5 da OTAN, que assegura a defesa coletiva entre os membros.
Financiamento e Reconstrução
A reconstrução da Ucrânia também está em pauta, com a União Europeia considerando um aporte adicional de 100 bilhões de euros para apoiar Kiev. Durante uma cúpula extraordinária, líderes europeus discutiram a necessidade de garantir que a Ucrânia receba os fundos necessários para se reerguer após o conflito. Enquanto isso, o senador Marco Rubio expressou otimismo sobre a possibilidade de um acordo em breve, apesar de prazos apertados estabelecidos por figuras políticas americanas.
A situação permanece tensa, com a necessidade de consenso entre os membros da OTAN sendo um dos principais obstáculos para a integração da Ucrânia à aliança. As próximas semanas serão cruciais para determinar a sustentabilidade desse novo marco de paz e o futuro do país em um cenário pós-conflito.