- O aumento de avistamentos de drones não tripulados sobre aeroportos e bases militares na Europa desde setembro ficou relacionado, em muitos casos, a uma estratégia de guerra híbrida atribuída ao Kremlin, com foco em geração de confusão.
- Bélgica e Holanda passaram a registrar interrupções em aeroportos, destacando a base aérea Kleine-Brogel na Bélgica; o Reino Unido enviou uma unidade da Força Aérea Real para interceptação.
- A Otan está reforçando defesas com o uso de sistemas Merops na Polônia e na Romênia para proteger áreas críticas contra incursões de drones; a Alemanha também informou sobre possíveis ligações das ações ao Kremlin.
- Especialistas, como Ed Arnold, do Royal United Services Institute, afirmam que a Rússia não precisa de grande frota de drones para gerar vulnerabilidade e confusão.
- Dados de janeiro a novembro de 2024 mostram que as interrupções em aeroportos europeus por drones aumentaram quatro vezes, com a Bélgica liderando as ocorrências, enquanto a Otan avança com tecnologias de interceptação, mas não garante proteção total.
O aumento de avistamentos de drones não tripulados sobre aeroportos e bases militares na Europa desde setembro tem gerado tensões significativas entre os países da região. Copenhague, Oslo e outras cidades enfrentaram interrupções em suas operações aéreas, com a atribuição dos drones ainda incerta, mas geralmente ligada ao Kremlin. O fenômeno vem sendo tratado como parte de uma estratégia de guerra híbrida, que combina ações convencionais com táticas não tradicionais.
Recentemente, novos avistamentos foram reportados em Bélgica e Holanda, levando a interrupções em aeroportos e um aumento nas defesas pela OTAN. A aliança militar iniciou o uso de sistemas de defesa Merops na Polônia e na Romênia, visando proteger as áreas críticas contra possíveis incursões de drones. Especialistas, como Ed Arnold, do Royal United Services Institute, indicam que a Rússia não precisa de uma grande frota de drones; a mera presença deles já gera confusão e vulnerabilidade.
Reforço nas Defesas
Na Bélgica, o governo solicitou auxílio de aliados após um aumento nos avistamentos, especialmente na base aérea de Kleine-Brogel, próxima à fronteira com a Holanda. O Reino Unido enviou uma unidade da Força Aérea Real para ajudar nas operações de interceptação. O ministro da Defesa da Alemanha também se manifestou, sugerindo que as incursões podem estar ligadas a estratégias mais amplas do Kremlin.
Em uma análise mais ampla, dados recentes indicam que o número de interrupções em aeroportos europeus devido à presença de drones aumentou quatro vezes de janeiro a novembro de 2024. A Bélgica lidera essa estatística, com diversas ocorrências em um curto espaço de tempo. A confusão continua, à medida que muitos avistamentos podem ser erroneamente identificados, como luzes de aeronaves ou fenômenos naturais.
A Resposta da OTAN
A OTAN, ciente da escalada, está reforçando suas capacidades de defesa. Em resposta aos desafios trazidos pelos drones, a aliança está investindo em tecnologias para interceptação, embora especialistas apontem que a proteção completa de todos os aeroportos ainda é uma meta distante. A situação permanece tensa, com países europeus cada vez mais alertas para a possibilidade de ataques aéreos não autorizados.