- Milorad Dodik, ex-presidente da República Sérvia e líder do SNSD, foi destituído em agosto, mas continua a exercer influência política.
- Sinisa Karan venceu as eleições na República Sérvia com 50,8% dos votos, conforme apuração de 93%. A participação foi de 35,7%, menor que em 2022.
- Karan, ex-ministro do Interior, assume o governo até as próximas eleições em outubro; Dodik mantém influência, e o resultado é visto como retorno dele ao poder sob nova liderança.
- Os Estados Unidos retiraram as sanções impostas a Dodik logo após o resultado eleitoral.
- A República Sérvia representa cerca de 49% do território da Bósnia e Herzegovina; Dodik já ameaçou anexar a República Sérvia à Sérvia e teve pena de prisão convertida em multa.
Milorad Dodik, ex-presidente da República Sérvia e líder da Aliança de Socialdemocratas Independentes (SNSD), foi destituído em agosto, mas continua a exercer influência política. Sinisa Karan venceu as eleições na República Sérvia com 50,8% dos votos, segundo apuração de 93%. A participação foi de apenas 35,7%, inferior ao registrado em 2022.
Karan, que foi ministro do Interior, assume o governo até as próximas eleições em outubro. A vitória é interpretada como um retorno de Dodik ao poder, mesmo após sua destituição. Os Estados Unidos retiraram as sanções impostas a Dodik logo após o resultado eleitoral, permitindo que ele mantenha sua influência.
A República Sérvia, que representa cerca de 49% do território da Bósnia e Herzegovina, é uma das entidades formadas pelo Acordo de Dayton em 1995, que encerrou a guerra na região. Dodik, que já havia ameaçado anexar a República Sérvia à Sérvia, foi condenado a um ano de prisão, mas sua pena foi convertida em multa.
Após os resultados, Dodik declarou que a vitória de Karan representa um apoio a ele, afirmando que a tentativa de destituição foi um processo político injusto. Tanja Topic, analista da região, observa que a eleição é um sinal de esperança no estado de direito, embora a vitória estreita do SNSD indique um desejo da população por mudanças e novas lideranças. A oposição questiona a legitimidade do processo, levantando suspeitas de fraude em algumas áreas.