- O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, desafiou as pressões dos Estados Unidos durante a cúpula do Grupo das Vinte (G-20) em Joanesburgo, buscando uma declaração conjunta que destaque gênero, clima, solidariedade, igualdade e sustentabilidade.
- O ex-presidente Donald Trump não compareceu ao evento e enviou um diplomata de segundo escalão, o que foi rejeitado por Ramaphosa que disse que a transição de presidência do G-20 não deveria ficar a cargo de um diplomata de menor importância.
- A Casa Branca reagiu com descontentamento, com a porta-voz Anna Kelly alegando que a insistência da África do Sul em uma declaração conjunta dificulta uma transição suave de liderança e pode minar os princípios do G-20.
- Politicamente, Ramaphosa enfrenta outra crise após derrotas eleitorais em dois mil e vinte e quatro, quando o ANC atingiu 40 por cento dos votos, mas conseguiu formar um governo de unidade nacional para representar a África do Sul em pautas internacionais, como o conflito em Gaza.
- Internamente, Ramaphosa demitiu o ministro da Polícia por um caso de corrupção, e o país registrou a primeira melhora na classificação de crédito em duas décadas, enquanto segue sob críticas internacionais e tarifas elevadas, com relatos de programas de acolhimento para supostos refugiados brancos.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, desafiou as pressões dos Estados Unidos durante a cúpula do G-20, realizada em Johanesburgo. A reunião, marcada por tensões diplomáticas, teve como pano de fundo a tentativa de Trump de boicotar o evento, alegando acusações infundadas de genocídio na África do Sul. Ramaphosa, em resposta, buscou uma declaração conjunta que enfatizasse temas como gênero, clima, solidariedade, igualdade e sustentabilidade.
A postura de Ramaphosa contrasta com a abordagem de outros líderes que optaram por evitar conflitos. Trump, que não compareceu à cúpula, enviou um diplomata de segundo escalão para representar os EUA, o que foi rejeitado por Ramaphosa. O presidente sul-africano argumentou que a transição de presidência do G-20 não deveria ser feita por um diplomata de menor importância.
Reação dos EUA
A Casa Branca manifestou seu descontentamento por meio da porta-voz Anna Kelly, que acusou Ramaphosa de dificultar uma transição suave de liderança. Kelly afirmou que a insistência da África do Sul em uma declaração conjunta, apesar da resistência dos EUA, evidencia uma tentativa de minar os princípios do G-20.
O contexto político de Ramaphosa também é complexo. Após uma significativa derrota nas eleições de 2024, onde o seu partido, o ANC, obteve apenas 40% dos votos, o presidente enfrenta uma crise interna. Contudo, ele conseguiu formar um governo de unidade nacional e tem buscado reforçar a posição da África do Sul em questões internacionais, como o conflito em Gaza.
Desafios Internos
A gestão de Ramaphosa não é isenta de problemas. Recentemente, ele demitiu o ministro da Polícia devido a um escândalo de corrupção. Apesar disso, ele obteve a primeira melhora na classificação de crédito do país em duas décadas. A África do Sul, que enfrenta altos índices de violência, continua a ser alvo de críticas internacionais, especialmente dos EUA, que impuseram tarifas elevadas e implementaram programas de acolhimento para supostos refugiados brancos.
A postura de Ramaphosa no G-20 reflete sua determinação em afirmar a soberania sul-africana e a relevância do país em um cenário global cada vez mais polarizado.
