- Dezoito Estados membros da União Europeia solicitaram um total de 127 bilhões de euros em créditos do fundo Security Action for Europe (SAFE) para compras conjuntas de armamento.
- O prazo para detalhar os planos de investimento vai até novembro.
- O número de solicitações aumentou de nove para dezoito países, indicando o sucesso do plano de defesa da UE.
- Polônia e França se destacam entre os solicitantes, com pedidos de 45 bilhões de euros e 15 bilhões de euros, respectivamente.
- Para acessar os créditos, os países devem realizar aquisições conjuntas e as regras fiscais foram flexibilizadas, permitindo um déficit superior a 3% do PIB por três anos.
A Comissão Europeia recebeu pedidos de dezoito Estados membros para financiar compras conjuntas de armamento, totalizando 127 bilhões de euros em créditos do fundo SAFE (Security Action for Europe). O prazo para detalhar os planos de investimento se estende até novembro.
O aumento no número de solicitações, que antes contava com apenas nove países, reflete o sucesso do plano de defesa da UE, aprovado recentemente. O comissário para Defesa e Espaço, Andrius Kubilius, destacou que o interesse demonstrado pelos Estados membros evidencia a unidade da UE em questões de segurança.
Entre os países que solicitaram créditos, Polônia e França se destacam. A Polônia é a maior solicitante, com um pedido de 45 bilhões de euros, enquanto a França requisitou cerca de 15 bilhões. Outros países que participaram incluem Bélgica, Espanha, Itália, e Grécia. A Espanha, por exemplo, solicitou aproximadamente 1 bilhão de euros para oito projetos.
Requisitos e Flexibilidade
Para acessar os créditos do SAFE, os países devem realizar aquisições conjuntas com outros Estados da UE ou aliados, como Canadá e Ucrânia. A Comissão Europeia também flexibilizou as regras fiscais, permitindo que os países que solicitarem créditos não precisem respeitar o limite de 3% do déficit sobre o PIB por três anos.
A criação do fundo SAFE, que pode chegar a 150 bilhões de euros, é uma das estratégias da Comissão para aumentar o investimento em defesa na Europa. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, acredita que a UE pode alcançar um gasto potencial de 800 bilhões de euros em defesa, embora a concretização desse valor dependa do comprometimento dos Estados membros.