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Antissemitismo disfarçado gera debate sobre suas consequências sociais

Governos europeus enfrentam aumento do antissemitismo disfarçado em protestos, refletindo uma preocupação crescente com a discriminação atual

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Estrela de Davi pichada entre portas em Paris (Foto: Anna Kurth - 6.jan.2025/AFP)
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  • Após os ataques de 7 de outubro de 2023, o antissemitismo aumentou, especialmente em manifestações pró-Palestina.
  • Governos europeus expressaram preocupações com o ressurgimento dessa discriminação.
  • Historicamente, o antissemitismo foi visto como um problema do passado, mas sempre esteve presente em contextos sociais e políticos.
  • O antissemitismo atual se disfarça de virtude, dificultando sua crítica, e é observado tanto na extrema direita quanto na extrema esquerda.
  • Denunciar o antissemitismo é essencial para combater um ciclo de ódio, sem ignorar a dor dos palestinos.

Após os ataques de 7 de outubro de 2023, o antissemitismo ressurgiu com força, especialmente em manifestações pró-Palestina, gerando preocupações em governos europeus. Historicamente, essa forma de discriminação foi considerada uma questão do passado, mas, como alertou o historiador Conor Cruise O’Brien, sempre esteve presente como uma força subterrânea, pronta para emergir em contextos sociais e políticos favoráveis.

O antissemitismo contemporâneo se disfarça de virtude, dificultando sua crítica. Antes, assumir posições antissemitas exigia coragem; hoje, é preciso coragem para denunciá-las sem ser rotulado como inimigo da causa palestina. A crítica a Israel é legítima, mas se torna problemática quando nega seu direito de existir ou relativiza atrocidades cometidas por grupos como o Hamas.

O Antissemitismo “Inocente”

O fenômeno atual é um antissemitismo “inocente”, onde pessoas autodeclaradas progressistas ignoram sinais evidentes de seu aumento. A retórica mudou, mas o ressentimento permanece. O antissemitismo, antes associado à extrema direita, agora também se abriga na extrema esquerda, sob o pretexto da luta anticolonial. Essa convergência de extremos revela um moralismo seletivo, onde Israel é demonizado enquanto violações de direitos em outros países são minimizadas.

A tradição antissemita é resistente, oferecendo prazeres emocionais profundos, como o prazer do ódio e da pureza moral. Atacar judeus ou símbolos judaicos, como o Estado de Israel, proporciona uma sensação de elevação moral e pertencimento ideológico. Combater essa forma de discriminação requer um enfrentamento direto com as emoções que ela mobiliza.

Denunciar o Antissemitismo

Denunciar o antissemitismo não significa ignorar a dor dos palestinos, mas reconhecer que esse tipo de ódio é um sintoma da falência moral da civilização. As manifestações recentes na Europa refletem um aumento preocupante dessa discriminação, que se disfarça sob a bandeira de causas nobres, mas que, na essência, perpetua um ciclo de ódio e divisão.

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