- Um homem de 32 anos foi resgatado após ser mantido em cativeiro por seu pai e madrasta em Waterbury, Connecticut, por duas décadas.
- Ele não era visto publicamente desde 2005 e foi encontrado pesando apenas 31 quilos.
- O resgate ocorreu após o homem provocar um incêndio para chamar a atenção.
- O Departamento de Crianças e Famílias (DCF) recebeu várias denúncias sobre a situação, mas não encontrou evidências suficientes para agir.
- A madrasta, Kimberly Sullivan, enfrenta acusações de sequestro e cárcere privado, com audiência marcada para 19 de agosto.
Após duas décadas de cativeiro, um homem de 32 anos foi resgatado em Waterbury, Connecticut, onde foi mantido em condições desumanas por seu pai e madrasta. Ele não era visto publicamente desde 2005 e foi encontrado em fevereiro deste ano, pesando apenas 31 quilos.
O resgate ocorreu após o homem provocar um incêndio propositalmente para chamar a atenção. Vizinhos e colegas relataram que já haviam feito seis denúncias ao Departamento de Crianças e Famílias (DCF) sobre a situação, mas as investigações não encontraram evidências suficientes para agir na época. O DCF afirmou que seguiu os protocolos vigentes, mas as denúncias foram arquivadas por falta de provas.
Denúncias Ignoradas
A comissária do DCF, Jodi Hill-Lilly, destacou que as denúncias foram investigadas com visitas à residência da família, mas não foram identificados sinais claros de abuso. As crianças foram entrevistadas, mas sem revelar casos de negligência. A legislação de Connecticut até 2018 limitava as entrevistas sem consentimento parental apenas a casos de abuso, o que dificultou a atuação do DCF.
Registros policiais mostram que a última visita à casa ocorreu em 2005, após uma denúncia feita pelo pai do homem, que alegou estar sendo assediado por pessoas preocupadas com o bem-estar do filho. Na época, o menino foi retirado da escola sob a justificativa de que estava sendo educado em casa.
Acusações à Madrasta
A madrasta, Kimberly Sullivan, enfrenta acusações graves, incluindo sequestro e cárcere privado. A defesa busca acesso aos registros médicos da vítima, enquanto a acusação tenta preservar a identidade do homem, que mudou de nome para proteção. A audiência está marcada para 19 de agosto, onde Kimberly deverá comparecer pessoalmente.
Após o resgate, o homem relatou que passou a maior parte da vida trancado em um quarto pequeno, sem contato social e com alimentação insuficiente. Ele revelou que, em sua última tentativa de fuga, quebrou um pedaço da porta, mas acabou buscando comida na cozinha. A situação chocante levanta questões sobre a eficácia das intervenções do DCF e a proteção de crianças em situações vulneráveis.