- A família de Ornaldo da Silva Viana, motorista de aplicativo que faleceu em maio de 2023, enfrenta cobranças da financiadora Aymoré pela dívida do veículo.
- Ornaldo morreu em um acidente de trânsito na Zona Leste de São Paulo, quando seu carro foi atingido por um Porsche em alta velocidade.
- Ele ainda tinha 18 parcelas a vencer de um financiamento de R$ 37 mil.
- A viúva, Francilene Morais de Caldas, relata que recebe ligações diárias da Aymoré, mesmo após informar sobre o falecimento.
- A falta de um seguro prestamista no contrato de financiamento complica a situação, pois a dívida deveria ser tratada no inventário e não transferida à família.
Um ano e quatro meses após a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, sua família ainda enfrenta cobranças da financiadora Aymoré pela dívida do veículo que ele utilizava para trabalhar. Ornaldo faleceu em maio de 2023, quando seu Renault Sandero foi atingido por um Porsche em alta velocidade na Zona Leste de São Paulo.
A tragédia ocorreu quando o carro de Ornaldo foi colidido por um Porsche avaliado em R$ 1,3 milhão, dirigido por um empresário que, segundo testemunhas, havia consumido bebida alcoólica antes do acidente. Na época de sua morte, Ornaldo ainda tinha 18 parcelas a vencer de um financiamento de R$ 37 mil.
Desde então, sua viúva, Francilene Morais de Caldas, relata que recebe ligações diárias da Aymoré cobrando a dívida, mesmo após informar sobre o falecimento. Ela expressou a dor que isso causa à família, que tenta lidar com o luto e a burocracia. O advogado da família, Jair Sotero da Silva, argumenta que a dívida não deveria ser transferida para a viúva ou os filhos, mas sim ser tratada no inventário.
Questões Legais
A Aymoré alega que a inadimplência começou em abril de 2024 e que, de acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), basta uma notificação extrajudicial para comprovar a mora. O banco busca a apreensão do veículo em até 48 horas, podendo usar força policial se necessário.
A ausência de um seguro prestamista no contrato de financiamento agrava a situação da família. Especialistas afirmam que, se o seguro estivesse incluído, a dívida poderia ser quitada ou amortizada após a comunicação do óbito. A falta desse seguro é uma falha comum em financiamentos de veículos no Brasil, deixando famílias em situações complicadas após a morte do titular.