Prefeito de São Bernardo é afastado com tornozeleira em operação da PF por corrupção

O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano em decorrência da Operação Estafeta, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 14 de setembro de 2023. A operação investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na administração municipal, que já vinha sendo alvo de suspeitas.

As investigações começaram em julho de 2025, após a apreensão de R$ 14 milhões em espécie com um servidor público. Além do afastamento de Lima, a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso à prefeitura. A operação também mira outros políticos, incluindo o presidente da Câmara Municipal, Danilo Lima Ramos, primo do prefeito, e o suplente Ary José de Oliveira.

Ações da Operação

A Operação Estafeta resultou em 20 mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas. A PF identificou Paulo Iran Paulino Costa como o operador financeiro do esquema, que está foragido. Mensagens trocadas entre Lima e Costa revelam um controle rigoroso sobre transações financeiras, incluindo despesas pessoais do prefeito.

Os investigados poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A operação abrangeu diversas cidades, como São Paulo, Santo André, Mauá e Diadema, e envolveu cerca de 70 policiais federais.

Repercussão e Desdobramentos

A situação gera incertezas sobre a continuidade da administração municipal. A vice-prefeita, Jéssica Cormick, assumirá o cargo durante o afastamento de Lima. A prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações, enquanto a PF continua a investigar as ligações e movimentações financeiras dos envolvidos.

A operação expõe um cenário preocupante na administração pública de São Bernardo do Campo, com indícios de que a corrupção pode ter raízes profundas na gestão municipal. As investigações seguem em andamento, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.