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Viúva de militante da ditadura é indenizada por morte do esposo

Família de Zé Carlos recebe indenização de R$ 590 mil após 24 anos de espera, marcando os 50 anos de seu assassinato durante a ditadura militar

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
José Carlos Mata Machado, militante morto pela ditadura militar. (Foto: Relatório da CNV)
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  • A família de José Carlos Mata Machado, conhecido como Zé Carlos, recebeu uma indenização de R$ 590 mil da União por danos morais.
  • O pagamento é resultado de um processo judicial que durou mais de duas décadas e foi concluído em 2023, ano que marca os 50 anos de seu assassinato.
  • A indenização foi entregue à viúva de Zé Carlos, Maria Madalena Prata Soares, de 78 anos, no final de julho.
  • A ação foi proposta em 1999 pelo escritório Diamantino Advogados Associados, que representa a família.
  • Zé Carlos foi torturado e assassinado em 28 de outubro de 1973, no Recife, e era militante da Ação Popular Marxista-Leninista.

A família de José Carlos Mata Machado, conhecido como Zé Carlos, recebeu uma indenização de 590 mil reais da União por danos morais. O pagamento foi resultado de um processo judicial que se arrastou por mais de duas décadas e foi concluído em 2023, ano que marca os 50 anos de seu assassinato durante a ditadura militar.

A indenização foi recebida pela viúva de Zé Carlos, Maria Madalena Prata Soares, de 78 anos, no final de julho. A ação foi proposta em 1999 pelo escritório Diamantino Advogados Associados, que representa a família. Após a rejeição de recursos, a ação avançou para a fase de cumprimento da sentença.

Zé Carlos foi torturado e assassinado em 28 de outubro de 1973, no Recife, no Doi-Codi. Ele era militante da Ação Popular Marxista-Leninista (APML) e já havia sido preso em 1968 durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde passou oito meses detido. O jovem, que se destacou como vice-presidente da UNE, ingressou na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1964, sendo o primeiro colocado no vestibular.

O advogado Eduardo Diamantino, representante da viúva, destacou que, embora a justiça tenha demorado, foi feita justiça à família. Ele enfatizou que ações indenizatórias por atos contra direitos fundamentais praticados por agentes do Estado são imprescritíveis, refletindo a importância do reconhecimento dos direitos humanos no Brasil.

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