- A diretora Anna Muylaert estreia o filme “A Melhor Mãe do Mundo” nos cinemas nesta quinta-feira, 7.
- A obra é protagonizada por Shirley Cruz e retrata a vida de Gal, uma catadora de materiais recicláveis em São Paulo, que enfrenta violência doméstica enquanto cuida de seus filhos.
- O filme aborda a urgência de ações contra a violência de gênero no Brasil, com dados indicando que três em cada dez mulheres relataram ter enfrentado violência no último ano.
- O ator Seu Jorge interpreta Leandro, o agressor de Gal, e passou por um processo de preparação intenso para o papel.
- A diretora critica a romantização da maternidade e defende que as mães devem ser vistas como figuras políticas que merecem apoio e respeito.
A diretora Anna Muylaert estreia seu novo filme, A Melhor Mãe do Mundo, nesta quinta-feira, 7, nos cinemas. A obra, protagonizada por Shirley Cruz, retrata a vida de Gal, uma catadora de materiais recicláveis em São Paulo, que enfrenta a violência doméstica enquanto cuida de seus filhos. A narrativa é uma reflexão sobre a urgência de ações contra a violência de gênero no Brasil.
A história de Gal, que empurra uma carroça pelas ruas da cidade, simboliza a luta de muitas mulheres em situação de vulnerabilidade. A diretora, que viveu um relacionamento abusivo, se inspirou em relatos de carroceiras que trabalham com crianças na região central de São Paulo. O filme é descrito como um road movie que explora as dificuldades enfrentadas por essas mulheres, equilibrando drama social e sensibilidade cinematográfica.
Shirley Cruz destaca a importância do audiovisual como ferramenta de transformação social. Ela afirma que o filme vai além do entretenimento, convocando o público a agir em relação à violência contra a mulher. Dados alarmantes indicam que 3 em cada 10 mulheres no Brasil relataram ter enfrentado violência no último ano, reforçando a necessidade de um engajamento coletivo.
O ator Seu Jorge, que interpreta Leandro, o agressor de Gal, enfrentou desafios significativos ao dar vida a um personagem que contrasta com sua imagem pública. O processo de preparação exigiu reflexão profunda sobre a violência, evidenciando a complexidade do papel.
A diretora também critica a romantização da maternidade, defendendo que as mães devem ser vistas como figuras políticas que merecem apoio e respeito. Shirley enfatiza que a violência doméstica é uma questão coletiva, que não deve ser encarada como um problema individual. A obra, apesar de abordar temas pesados, é essencialmente uma história sobre amor e afeto, mostrando a beleza nas dificuldades enfrentadas por Gal e suas crianças.