- A diplomata da União Europeia, Kaja Kallas, alertou sobre os riscos de conceder territórios à Rússia em um possível acordo de paz com a Ucrânia.
- Kallas afirmou que permitir que a Rússia mantenha partes da Ucrânia seria uma “armadilha” desejada por Vladimir Putin.
- Ela destacou a necessidade de garantias de segurança robustas para a Ucrânia, enfatizando a importância de um exército ucraniano forte.
- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou ceticismo sobre a disposição de Putin para negociações, citando ataques aéreos russos recentes.
- Líderes europeus, como Emmanuel Macron, também demonstraram desconfiança em relação à sinceridade de Putin nas negociações de paz.
A diplomata da União Europeia (UE), Kaja Kallas, alertou sobre os riscos de conceder territórios à Rússia em um futuro acordo de paz com a Ucrânia. Em entrevista à BBC, Kallas afirmou que permitir que a Rússia mantenha partes da Ucrânia seria uma “armadilha” desejada por Vladimir Putin. A região do Donbas, no leste da Ucrânia, é um ponto de discórdia, com 1,5 milhão de ucranianos deslocados devido à agressão militar russa na última década.
Kallas, que está na lista de procurados do Kremlin, enfatizou a necessidade de garantias de segurança robustas para a Ucrânia. Ela reconheceu que, até o momento, não há muitos “passos concretos” para uma força dissuasiva nas negociações. A diplomata destacou que “o maior garantidor de segurança é um exército ucraniano forte”, ressaltando a importância de garantias que vão além de promessas vazias.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou ceticismo sobre a disposição de Putin para negociações, afirmando que a Rússia evita a necessidade de um encontro entre os líderes. Recentemente, ataques aéreos russos em várias cidades ucranianas, incluindo Lviv, resultaram em mortes e feridos, demonstrando a continuidade da violência, mesmo em meio a esforços diplomáticos.
Reações Internacionais
Líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente finlandês Alexander Stubb, também manifestaram desconfiança em relação à sinceridade de Putin nas negociações de paz. Macron descreveu o líder russo como “um predador” e expressou dúvidas sobre sua disposição para um acordo.
Enquanto isso, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu um prazo de duas semanas para avaliar as negociações entre Rússia e Ucrânia, sugerindo que, após esse período, uma nova abordagem poderia ser necessária. Zelensky, por sua vez, pediu aos aliados ocidentais que definissem rapidamente as garantias de segurança que poderiam oferecer à Ucrânia, enfatizando a urgência da situação.