- Juliana dos Santos foi espancada pelo namorado, Igor Cabral, em um elevador em Natal, resultando em 61 socos.
- O crime foi registrado por câmeras de segurança e Igor está preso preventivamente, sendo réu por tentativa de feminicídio.
- Em 26 de agosto, Juliana recebeu a Medalha Maria da Penha na Câmara de Vereadores e falou sobre sua experiência.
- Ela compartilhou sua recuperação nas redes sociais, mencionando os desafios após uma cirurgia de reconstrução facial.
- Igor enfrenta ameaças e pedidos de linchamento, enquanto sua defesa solicita respeito à dignidade de sua família.
Juliana dos Santos, vítima de agressão brutal, recebe Medalha Maria da Penha em Natal
Completa um mês que Juliana dos Santos foi espancada pelo namorado, Igor Cabral, em um elevador em Natal, capital do Rio Grande do Norte. O crime, que resultou em 61 socos, foi registrado por câmeras de segurança. Igor, ex-jogador de basquete, está preso preventivamente e é réu por tentativa de feminicídio.
Na última terça-feira, 26, Juliana foi homenageada na Câmara de Vereadores, onde discursou publicamente pela primeira vez sobre sua experiência. “É uma honra ser homenageada, maior ainda de ter sobrevivido para contar a minha história”, afirmou, visivelmente emocionada e com sequelas visíveis da agressão, como inchaço e dificuldade de movimento nos lábios. Ela recebeu a Medalha Maria da Penha, que reconhece esforços na luta contra a violência de gênero.
Juliana compartilhou sua recuperação nas redes sociais, destacando que “viver é diferente de estar viva”. Após passar por uma cirurgia de reconstrução facial, sua rotina inclui fisioterapia, fonoaudiologia e terapia psicológica. Uma amiga revelou que, apesar de estar se recuperando, o processo é desafiador.
Entretanto, Juliana também enfrenta um ambiente hostil nas redes sociais, recebendo ameaças de agressões e até estupro. Igor Cabral, que está isolado em uma cela na Cadeia Pública Dinorá Simas, teve sua defesa alegando que ele sofreu agressões por parte de policiais. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que coleta depoimentos e provas para o andamento do processo, que ocorre em segredo de justiça.
A situação de Igor gerou repercussão negativa, com sua família recebendo ameaças e pedidos de linchamento em grupos de WhatsApp. A defesa do ex-atleta pediu respeito à dignidade dos parentes, que não têm relação com o crime. A sociedade continua a acompanhar o desdobramento deste caso, que expõe a gravidade da violência de gênero no Brasil.
