- A administração Trump propõe um bônus de US$ 5.000 para cada bebê nascido nos Estados Unidos.
- As iniciativas visam reverter a queda nas taxas de natalidade, que ocorre desde 2007.
- Programas educacionais serão oferecidos para ajudar as mulheres a entenderem seus ciclos menstruais e ovulação.
- Conservadores cristãos consideram a diminuição da natalidade uma crise cultural, ligada à desvalorização da família tradicional.
- Especialistas afirmam que as propostas podem não ter impacto significativo nas taxas de fecundidade, devido a fatores como custos altos de criação de filhos e resistência ideológica.
A administração Trump está implementando uma série de propostas para reverter a queda nas taxas de natalidade nos Estados Unidos, que vem ocorrendo desde 2007. Entre as iniciativas, destaca-se um bônus de US$ 5.000 para cada bebê nascido, além de programas educacionais voltados para ajudar as mulheres a entenderem seus ciclos menstruais e a ovulação. A ideia é estimular um “baby boom” e restaurar valores familiares tradicionais.
Os conservadores cristãos veem a diminuição das taxas de natalidade como uma crise cultural, resultante de uma desvalorização da família tradicional. A Casa Branca, sob a liderança de Trump, busca reforçar a ideia de que a família deve ser o centro da vida americana. Durante a Conferência de Ação Política Conservadora em 2023, Trump expressou seu desejo de apoiar um novo “baby boom”, afirmando que “apoiaremos os bônus de bebê para um novo ‘baby boom'”.
Entretanto, especialistas como o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves apontam que as propostas de Trump podem não ter um impacto significativo nas taxas de fecundidade. Ele argumenta que os Estados Unidos já possuem uma das maiores taxas de crescimento populacional entre os países ricos. A busca por aumentar a natalidade pode ser uma resposta às políticas de imigração restritivas, que têm afetado a composição demográfica do país.
Além disso, as propostas refletem uma visão restrita de família, que privilegia o casamento entre um homem e uma mulher, excluindo outras configurações familiares. Mesmo que algumas políticas sejam implementadas, a resistência ideológica e os altos custos de criar filhos podem limitar o sucesso das iniciativas. A complexidade de criar uma família nos EUA pode pesar mais do que os incentivos financeiros oferecidos.