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Violência psicológica e abuso financeiro marcam desfechos trágicos recorrentes

Patricia aguarda justiça após ser esfaqueada pelo marido em um caso que expõe a impunidade dos feminicídios no Brasil

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Pressão psicológica, depreciações, abuso financeiro: violência doméstica pode se manifestar em diferentes modalidades (Foto: Adobe Stock)
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  • Patricia casou-se aos 22 anos e abandonou a faculdade para trabalhar na loja do marido.
  • Após 25 anos de casamento, ela enfrentou violência psicológica e controle financeiro, levando à decisão de se separar.
  • Em julho de 2020, Patricia foi esfaqueada 30 vezes pelo marido, que a trancou em um quarto.
  • O caso aguarda julgamento, refletindo a impunidade em feminicídios no Brasil, que registrou um recorde de mortes de mulheres em 2024.
  • A família de Patricia busca justiça e denuncia a morosidade do processo judicial.

Patricia, casada aos 22 anos, abandonou a faculdade de Assistência Social para trabalhar na loja de móveis do marido. Após 25 anos de um relacionamento marcado por violência psicológica e controle financeiro, ela decidiu se separar. Em julho de 2020, a situação culminou em tragédia: Patricia foi esfaqueada 30 vezes pelo marido, que a trancou em um quarto. O crime, que ocorreu durante a pandemia, ainda aguarda julgamento, refletindo a impunidade em casos de feminicídio no Brasil.

Durante o casamento, Patricia enfrentou constantes críticas e desvalorização. Mesmo após realizar uma grande venda na loja, recebeu apenas comentários depreciativos. O controle sobre sua vida era total: sem conta bancária ou cartão de crédito, dependia do marido até para pequenas compras. A pressão psicológica aumentou quando ela começou a considerar a separação, levando o marido a usar os filhos como ferramenta de manipulação.

A violência física, embora não frequente, deixou marcas profundas. Patricia chegou a temer pela própria vida, mas sua família não acreditava na gravidade da situação. Em um momento de desespero, ela decidiu deixar a casa, mas o marido a ameaçou com a polícia, alegando sequestro do filho. O ciclo de abuso se intensificou, culminando no ataque brutal que quase lhe custou a vida.

O caso de Patricia é emblemático em um cenário alarmante: em 2024, o Brasil registrou um recorde de feminicídios, com uma média de quatro mulheres mortas por dia. A maioria dessas vítimas se torna apenas uma estatística, sem rosto ou história. A família de Patricia, em busca de justiça, fez uma campanha para denunciar a morosidade do processo judicial, que ainda não teve desfecho.

Se você ou alguém que conhece está passando por uma situação semelhante, é fundamental buscar ajuda. A Central de Atendimento à Mulher está disponível pelo número 180, com atendimento gratuito e 24 horas por dia.

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