- O cartunista Jaguar ficou surpreso ao ver sua charge sobre o ufanismo da ditadura durante a Copa de 1970 em um simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009.
- Ele errou a questão e discordou da resposta considerada correta pela banca.
- A charge, publicada originalmente em O Pasquim, mostra uma família faminta com um pai segurando uma placa que diz “Avante Seleção”.
- Jaguar, que faleceu em 25 de setembro de 2025, foi um dos fundadores de O Pasquim e destacou-se por suas críticas sociais e políticas.
- Sua morte marca o fim de uma era do humor gráfico no Brasil, onde suas obras continuam a influenciar a crítica social e política.
O cartunista Jaguar, ícone do humor gráfico brasileiro, expressou sua surpresa ao ver uma de suas charges, que critica o ufanismo da ditadura durante a Copa de 1970, em um simulado do Enem de 2009. Ele ficou “pasmo, surpreendido e perplexo” ao perceber que errou a questão, discordando da resposta considerada correta pela banca. Em sua coluna no jornal O Dia, Jaguar refletiu sobre a seriedade do humor, afirmando que “ainda não se decidiu se comemora ou lamenta” a inclusão de sua obra em um exame tão importante.
A charge, publicada originalmente em O Pasquim, retrata uma família faminta com um pai segurando uma placa que diz “Avante Seleção”. Desde sua publicação, a imagem tem sido utilizada em diversas questões de vestibulares, sempre abordando o tema do ufanismo. Jaguar, que faleceu em 25 de setembro de 2025, foi um dos fundadores de O Pasquim e se destacou por suas críticas sociais e políticas durante a ditadura militar.
Legado do Humor Gráfico
A morte de Jaguar marca o fim de uma era do humor gráfico no Brasil. Suas criações, que misturavam ironia e crítica, ajudaram a consolidar a charge como uma ferramenta de contestação. O uso de charges e cartuns em provas como o Enem e vestibulares é comum, pois esses elementos visuais atraem a atenção dos estudantes e oferecem um ponto de vista crítico sobre a realidade.
Jaguar, que atravessou momentos difíceis da história brasileira com seu traço simples e frases incisivas, deixou um legado que continua a influenciar a forma como o humor é percebido e utilizado na educação. Suas obras não apenas divertem, mas também provocam reflexões sobre a sociedade e a política, reafirmando a importância do humor como forma de resistência e crítica.