- O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, começou a se posicionar como candidato à presidência nas eleições de 2026.
- Ele apresentou propostas como a redução de ministérios e a desindexação da economia, evocando o ex-presidente Juscelino Kubitschek com o slogan “crescer 40 anos em 4”.
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu Tarcísio como rival nas próximas eleições, após o governador marcar um gol em um jogo de futebol com prefeitos.
- Uma pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg indicou Tarcísio à frente de Lula em um possível segundo turno.
- Tarcísio também sinalizou a possibilidade de conceder indulto a Jair Bolsonaro, caso ele seja condenado, uma questão polêmica que outros pré-candidatos já apoiaram.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, começou a se posicionar como candidato à presidência nas eleições de 2026. Embora ainda não tenha formalizado sua candidatura, seu discurso tem mudado, com propostas que incluem a redução de ministérios e a desindexação da economia. Tarcísio, que é aliado de Jair Bolsonaro, também mencionou a necessidade de discutir um “projeto de Brasil”, evocando o ex-presidente Juscelino Kubitschek ao criar o slogan “crescer 40 anos em 4”.
Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu Tarcísio como um rival nas próximas eleições. O governador participou de um jogo de futebol com prefeitos, onde marcou um gol, um ato que se assemelha a uma movimentação típica de campanha. A semana foi marcada por uma pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg, que posicionou Tarcísio à frente de Lula em um possível segundo turno.
Indulto a Bolsonaro
A mudança de postura de Tarcísio ocorre em um momento crítico, com o julgamento de Jair Bolsonaro se aproximando. O governador não se esquivou de perguntas sobre a possibilidade de conceder um indulto a Bolsonaro, caso ele seja condenado. Em uma coletiva, Tarcísio indicou que, se necessário, um candidato do bloco de centro-direita poderia considerar essa opção.
Outros pré-candidatos, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, já se mostraram favoráveis ao indulto. A questão do perdão a um ex-presidente condenado por tentativa de golpe de Estado é polêmica e, segundo o jurista Lenio Streck, a atual composição do Supremo Tribunal Federal (STF) não permitiria tal indulto, considerando-o inconstitucional.
A postura de Tarcísio, aliado de Bolsonaro, levanta questões sobre sua intenção de perdoar o ex-presidente, especialmente em um cenário onde a política não admite vácuo e as alianças estão em constante movimento.