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CPI dos Pancadões tem bate-boca entre ‘Chavoso da USP’ e Rubinho Nunes

Vereador ameaça professor com prisão por suposto falso testemunho durante CPI que investiga festas clandestinas e crime organizado em São Paulo

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vereador questiona youtuber sobre parlamentares ligados ao crime, mas Chavoso não responde (Foto: Reprodução)
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  • A CPI dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo teve um momento tenso durante um depoimento na sexta-feira, 29 de agosto.
  • O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e o professor Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, se enfrentaram após Chavoso insinuar a presença do crime organizado na Câmara.
  • Nunes ameaçou Chavoso com “voz de prisão” por “testemunho falso” e questionou sobre a atuação do crime organizado nas periferias.
  • Chavoso defendeu que o crime existe em diversos lugares, incluindo a Câmara, mas não apontou parlamentares envolvidos.
  • A CPI, que investiga festas clandestinas e suas ligações com o crime, foi prorrogada por mais 120 dias devido à complexidade do tema.

A CPI dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo teve um momento tenso nesta sexta-feira (29), quando o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e o professor Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, se enfrentaram durante um depoimento. A comissão, criada em maio, investiga a fiscalização de festas clandestinas e possíveis ligações com o crime organizado.

A discussão começou quando Chavoso insinuou que o crime organizado também estaria presente na Câmara Municipal. Em resposta, Nunes ameaçou dar “voz de prisão” ao professor por “testemunho falso”. O vereador questionou se Chavoso reconhecia a atuação do crime organizado nas periferias, ao que o professor respondeu que “existe em todo lugar”, incluindo a própria Câmara. Essa afirmação gerou uma reação imediata de Nunes, que pediu que Chavoso apontasse os parlamentares envolvidos, mas o professor optou por não responder.

Tensão na Comissão

A situação se intensificou, levando à intervenção de outros vereadores para acalmar os ânimos. Nunes afirmou que recuperaria a gravação da sessão para encaminhar ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), alegando a necessidade de medidas legais por possível falso testemunho. Antes do tumulto, o vereador havia questionado Chavoso sobre sua posição em relação a grupos criminosos como o PCC e o Comando Vermelho.

Chavoso, que criticou a criação da CPI em um podcast, argumentou que sua convocação visava dar visibilidade à comissão às custas de sua imagem. Ele defendeu que a investigação se limita a associar o funk ao crime, o que considera uma perseguição ao gênero musical.

Desdobramentos da CPI

A CPI já ouviu depoimentos de outros envolvidos, como o produtor musical Henrique Alexandre Barros Viana, conhecido como Rato, e agora de Chavoso. As investigações buscam esclarecer suspeitas sobre a presença de adolescentes em bailes, hipersexualização nas músicas e consumo de drogas. Nunes justificou suas perguntas, citando indícios de que estabelecimentos estariam ligados à lavagem de dinheiro do crime organizado.

O presidente da CPI ressaltou a importância de ouvir as comunidades para contribuir com o trabalho da comissão, que foi prorrogada por mais 120 dias devido à complexidade do problema. A Câmara Municipal não se manifestou sobre o acionamento do MP-SP até o fechamento desta reportagem.

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