- Everson Vieira Francesquet, acusado de ser o armeiro do Terceiro Comando Puro, será transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, neste sábado.
- Ele é investigado por envolvimento em um esquema de importação ilegal de armamentos, incluindo fuzis e drones.
- Francesquet atuava na negociação de equipamentos bélicos para a facção, que são usados em confrontos com o Comando Vermelho e em operações policiais.
- O Ministério Público Federal apontou que ele tinha uma participação significativa na organização criminosa, discutindo planos de ataque a rivais.
- Francesquet foi preso em julho de 2023 ao tentar retirar um fuzil antidrone nos Correios e, após ser solto, passou a ser monitorado pela Polícia Federal.
Everson Vieira Francesquet, acusado de ser o armeiro do Terceiro Comando Puro (TCP), será transferido neste sábado para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. A decisão foi tomada após investigações que o ligam a um esquema de importação ilegal de armamentos, incluindo fuzis e drones.
As investigações revelaram que Francesquet atuava em um esquema de “delivery” de armas, negociando equipamentos bélicos para a facção, que são utilizados em confrontos com o Comando Vermelho (CV) e para resistir a operações policiais. Ele se identificava como “Deus” e “Visionário” em mensagens trocadas com fornecedores e outros criminosos.
O Ministério Público Federal (MPF) argumentou que Francesquet tinha uma “relevante participação” na organização criminosa, sendo responsável pela negociação e importação de equipamentos como bloqueadores de sinal e drones lançadores de granadas. As mensagens interceptadas mostram que ele discutia abertamente planos de ataque a rivais, incluindo a intenção de eliminar um dos líderes do CV.
Francesquet foi preso em julho de 2023 ao tentar retirar um fuzil antidrone nos Correios, mas foi solto e passou a ser monitorado pela Polícia Federal. As investigações apontaram que ele utilizava transportadoras para receber armamentos, evitando riscos ao cruzar fronteiras. A quadrilha importava até fuzis AK47 do Paraguai, utilizando métodos para driblar a fiscalização.
A Polícia Federal e os Correios afirmaram que estão comprometidos em combater o envio de objetos ilícitos. A DHL Express e o AliExpress também se manifestaram, afirmando que não compactuam com atividades criminosas e que colaborarão com as investigações. A defesa de Francesquet não foi localizada para comentar o caso.