- O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores, Josep Borrell, criticou a inação da UE em relação à situação em Gaza, que considera um genocídio.
- Borrell sugeriu que Estados membros levem Israel aos tribunais por violações de direitos humanos.
- Ele destacou a influência do complexo de culpa alemão nas decisões da UE, que impede ações mais decisivas.
- Vários países europeus estão se mobilizando para apoiar a criação de um Estado palestino, especialmente com a próxima reunião da ONU.
- Borrell comparou a situação em Gaza com a ajuda militar à Ucrânia, pedindo uma ação moral da Europa para restaurar sua imagem.
O conflito entre Israel e Palestina continua a gerar intensos debates na Europa, especialmente sobre a situação em Gaza. Recentemente, o alto representante da União Europeia para Relações Exteriores, Josep Borrell, criticou a inação da UE diante do que considera um genocídio em Gaza. Em uma declaração na Universidade Internacional Menéndez Pelayo, Borrell afirmou que é hora de a Europa agir e sugeriu que Estados membros levem Israel aos tribunais por violações de direitos humanos.
A crescente percepção de que a escalada bélica em Gaza é um genocídio tem ganhado força, especialmente na Espanha. Vários países europeus estão se mobilizando para apoiar a criação de um Estado palestino, com a próxima reunião da ONU em vista. Dentro de Israel, vozes como a do escritor David Grossman também têm se manifestado nesse sentido.
Borrell destacou a influência do complexo de culpa alemão nas decisões da UE, afirmando que isso tem bloqueado ações mais decisivas. Ele criticou a postura de alguns Estados membros, que, segundo ele, têm se alinhado incondicionalmente a Israel. O ex-ministro de Relações Exteriores da Espanha enfatizou que a inação da Europa é intolerável e que os tratados internacionais devem ser respeitados.
Além disso, Borrell comparou a situação em Gaza com a ajuda militar à Ucrânia, sugerindo que a hesitação europeia em ambos os casos reflete uma falta de clareza moral. Ele concluiu que a Europa precisa de um revulsivo moral para restaurar sua imagem e valores, que, segundo ele, foram comprometidos pela atual situação no Oriente Médio.