- A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou que negará vistos a mulheres que pretendem viajar para dar à luz no país.
- A medida é parte de restrições do governo de Donald Trump, que já inclui aumento de tarifas de exportação e suspensão de vistos para autoridades brasileiras.
- O comunicado afirma que não é permitido viajar para os EUA com o objetivo de garantir cidadania americana para a criança.
- O custo para ter um filho nos EUA pode ultrapassar R$ 200 mil, incluindo despesas com parto e hospedagem.
- Mulheres brasileiras enfrentam desafios como altos custos e barreiras de idioma durante o parto nos EUA.
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou, em 14 de setembro, que negará vistos a mulheres que viajarem com a intenção de dar à luz no país. A medida é parte de uma série de restrições implementadas pelo governo de Donald Trump contra o Brasil, que já inclui o aumento de tarifas de exportação e a suspensão de vistos para autoridades brasileiras.
O comunicado da Embaixada destaca que viajar para os EUA com o objetivo de dar à luz para que a criança obtenha cidadania americana não é permitido. Oficiais consulares irão negar o pedido de visto caso haja indícios dessa intenção. O custo para ter um filho nos EUA pode ultrapassar R$ 200 mil, incluindo despesas com parto, hospedagem e alimentação.
Custos e Desafios
Mulheres brasileiras que optam por ter filhos nos EUA enfrentam não apenas altos custos, mas também desafios relacionados à experiência de parto. Uma grávida relatou que sua conta hospitalar saltou de R$ 30 mil para R$ 117 mil devido a complicações. Além disso, há relatos de práticas médicas que diferem das adotadas no Brasil, como incisões maiores em cesarianas.
A experiência de dar à luz fora do país pode ser ainda mais complicada pela barreira do idioma. Mesmo fluentes em inglês, muitas mulheres encontram dificuldades com termos médicos técnicos. Para que a criança tenha direito à cidadania brasileira, é necessário registrá-la na Embaixada ou em um Consulado brasileiro nos EUA.
Contexto Político
Desde a campanha eleitoral, Trump tem defendido o fim da concessão automática de cidadania a filhos de estrangeiros, alegando que isso contribui para a sobrecarga do sistema de saúde e incentiva a atuação de profissionais não licenciados. A nova política da Embaixada reflete essa postura, intensificando as restrições à imigração e à obtenção de cidadania.