- A Câmara dos Vereadores do Rio realizou uma audiência pública na manhã de terça-feira, dois de setembro, para discutir a transferência dos ensaios de blocos e coletivos culturais da Praça Paris, na Glória, para o Passeio Público.
- O encontro, que durou mais de duas horas, contou com debates entre representantes dos blocos e moradores preocupados com o som alto.
- A vereadora Monica Benicio presidiu a sessão, onde foram apresentadas sugestões para o novo espaço, incluindo a limitação do som até as 22h.
- Moradores, como a professora Maria Célia, argumentaram que a mudança apenas adiaria o problema, sugerindo o uso de prédios abandonados no Centro para os ensaios.
- A falta de representantes da Secretaria Municipal de Cultura e da Subprefeitura do Centro foi criticada, destacando a necessidade de um fórum permanente para discutir questões culturais na região.
Na manhã desta terça-feira (2), a Câmara dos Vereadores do Rio realizou uma audiência pública para discutir a proposta da Subprefeitura do Centro de transferir os ensaios de blocos e coletivos culturais da Praça Paris, na Glória, para o Passeio Público. O encontro, que durou mais de duas horas, gerou debates acalorados entre representantes dos blocos e moradores da região, preocupados com o impacto do som alto na rotina do bairro.
Durante a sessão, a vereadora Monica Benicio presidiu as discussões, onde foram apresentadas sugestões para o uso do novo espaço. O representante do bloco Me Enterra na Quarta, Jo Codeço, defendeu a criação de regras claras, como a limitação do som até as 22h e a construção de áreas de convivência. Ele alertou que a mudança para locais sem infraestrutura adequada poderia prejudicar a vida cultural na Glória e contribuir para a elitização da área.
Preocupações dos Moradores
A professora Maria Célia, moradora local, expressou que a transferência para o Passeio Público apenas adiaria o problema, já que o local deve se tornar residencial em breve. Ela sugeriu que a Prefeitura utilize prédios abandonados no Centro para os ensaios, ressaltando que a Praça Paris já abriga eventos frequentes. Célia destacou que a situação atual é insustentável, com ensaios durante a semana e eventos nos finais de semana.
Representantes da Secretaria de Ordem Pública também participaram da audiência, mas a Secretaria Municipal de Cultura e a Subprefeitura do Centro não enviaram representantes. A falta de diálogo entre as partes envolvidas foi um ponto crítico levantado durante a discussão, evidenciando a necessidade de um fórum permanente para tratar das questões culturais e de convivência na região.