- A deputada federal Carla Zambelli está presa em Roma desde julho, após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça.
- Recentemente, Zambelli divulgou uma carta manuscrita, alegando ser vítima de “perseguição política” por parte do ministro Alexandre de Moraes.
- No documento, ela menciona o depoimento de seu ex-assessor, Eduardo Tagliaferro, que, segundo ela, comprova a perseguição de Moraes desde antes de sua nomeação ao STF.
- Zambelli expressou confiança em sua absolvição e citou questões de saúde, além de alegar pressão do governo brasileiro sobre a Justiça italiana.
- A Justiça italiana mantém sua prisão cautelar, com a Corte de Apelação de Roma rejeitando o pedido de substituição da prisão, devido ao risco de fuga.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está presa em Roma desde julho, após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça. Recentemente, Zambelli divulgou uma carta manuscrita, na qual se declara vítima de “perseguição política” por parte do ministro Alexandre de Moraes.
No documento, a congressista menciona o depoimento de seu ex-assessor, Eduardo Tagliaferro, ao Senado, que, segundo ela, comprova que Moraes a persegue desde antes de sua nomeação ao STF. Zambelli afirma que o depoimento evidencia a intenção de Moraes de prejudicá-la, especialmente após suas críticas sobre sua ficha e encontros com outros políticos.
A deputada expressou confiança em sua absolvição, afirmando que as acusações contra ela são meras perseguições políticas. Ela recorreu a um tom religioso, mencionando que “Deus está me dando forças” e citou o Salmo 23, reforçando seu amor pelo Brasil e pelos brasileiros.
Situação Judicial
Atualmente, a Justiça italiana mantém a prisão cautelar de Zambelli, que enfrenta um processo de extradição ao Brasil. A Corte de Apelação de Roma rejeitou o pedido de sua defesa para a substituição da prisão, alegando “risco concreto e elevado de fuga”. O tribunal destacou que a deputada deixou o Brasil logo após sua condenação.
Os advogados de Zambelli alegam que ela sofre de problemas de saúde e acusam o governo brasileiro de exercer “pressão indevida” sobre a Justiça italiana. Eles já anunciaram que irão recorrer à Corte di Cassazione e apresentar um novo pedido de revogação da prisão preventiva.