- A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro retirou de pauta o projeto de reorganização do efetivo da Polícia Militar.
- A decisão ocorreu devido à ausência do secretário da PM, coronel Marcelo Menezes, gerando descontentamento entre os parlamentares.
- Deputados criticaram a falta de representantes da PM para discutir as mudanças propostas, que afetam diversas funções na corporação.
- O presidente da CCJ, Rodrigo Amorim, considerou a ausência uma falta de respeito e destacou a diferença de postura em relação à Polícia Civil.
- Uma audiência pública será convocada para discutir o projeto, com participação de especialistas e representantes da PM, mas ainda não há data definida.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu retirar de pauta, nesta quarta-feira, o projeto de lei 6.028/5, que propõe a reorganização do efetivo da Polícia Militar. A medida foi motivada pela ausência do secretário da PM, coronel Marcelo Menezes, o que gerou descontentamento entre os parlamentares.
Os deputados criticaram a falta de representantes da PM para discutir as mudanças propostas, que incluem distorções nas carreiras de diversas funções, como saúde e comunicação. O presidente da CCJ, Rodrigo Amorim (União Brasil), expressou que a ausência foi uma “falta de respeito à Casa”. O clima de tensão aumentou após rumores de que Menezes estaria interessado em se candidatar a uma vaga na Alerj nas próximas eleições, o que ele negou publicamente.
A situação se agravou após uma publicação nas redes sociais que insinuava uma disputa entre Menezes e Bacellar para o governo, levando a uma série de críticas por parte de deputados. O descontentamento também se intensificou com a recente troca de comandantes de batalhões, onde indicações de parlamentares não foram aceitas, aumentando a percepção de que Menezes prioriza interesses pessoais em detrimento da gestão da PM.
Críticas e Impasses
Durante a reunião, deputados como Alexandre Knoploch (PL) e Luiz Paulo (PSD) levantaram questões sobre a falta de efetivo nas áreas de comunicação e inteligência, além de distorções que prejudicam a ascensão de profissionais como músicos e pedagogos. Knoploch lamentou que a gestão de Menezes parece mais focada em uma campanha eleitoral do que em resolver problemas reais da corporação.
Amorim também destacou a diferença de postura entre a PM e a Polícia Civil, cujo secretário, Felipe Curi, mesmo em missão no exterior, manteve contato constante e enviou representantes para dialogar na Alerj. Diante do impasse, a CCJ decidiu convocar uma audiência pública, ainda sem data definida, para discutir o projeto com a participação de especialistas e representantes da PM.