- A Universidade Texas A&M demitiu a professora Melissa McCoul e afastou dois administradores após uma aluna filmar uma discussão sobre a legalidade de reconhecer mais de dois gêneros em um curso de literatura infantil.
- O vídeo gerou pressão política, especialmente entre políticos republicanos, que acusaram a docente de “doutrinação em ideologia de gênero”.
- O presidente da universidade, Mark Welsh, afirmou que o curso não atendia às expectativas institucionais e que a decisão não se tratava de liberdade acadêmica, mas de responsabilidade acadêmica.
- A advogada de McCoul contestou a demissão, alegando que a professora nunca recebeu instruções para alterar o conteúdo das aulas e que sua atuação foi bem-sucedida.
- Desde 2025, mais de setenta projetos de lei foram apresentados em 26 estados para restringir discussões sobre raça, sexo e gênero no ensino superior.
A Universidade Texas A&M demitiu uma professora e afastou dois administradores após uma aluna filmar uma discussão sobre a legalidade de reconhecer mais de dois gêneros em um curso de literatura infantil. O vídeo, que circulou nas redes sociais, gerou pressão política, especialmente entre políticos republicanos, incluindo o governador Greg Abbott, que acusaram a docente de “doutrinação em ideologia de gênero”.
A professora demitida, Melissa McCoul, foi alvo de críticas após a estudante afirmar que o conteúdo do curso violava a legislação do Texas, que reconhece apenas dois gêneros. O presidente da universidade, Mark Welsh, declarou que o curso não atendia às expectativas institucionais e que a decisão não se tratava de liberdade acadêmica, mas de responsabilidade acadêmica. Welsh também anunciou uma auditoria para verificar a conformidade de outros cursos com as descrições oficiais.
A advogada de McCoul, Amanda L. Reichek, contestou a demissão, afirmando que a professora nunca recebeu instruções para alterar o conteúdo das aulas e que sua atuação sempre foi bem-sucedida. McCoul já recorreu da decisão e considera ações legais adicionais. A situação ocorre em um contexto de crescente hostilidade à liberdade acadêmica nas universidades, especialmente desde a administração de Donald Trump, que enfatizou uma visão binária de gênero.
Desde 2025, mais de 70 projetos de lei foram apresentados em 26 estados para restringir discussões sobre raça, sexo e gênero no ensino superior. O deputado estadual Brian Harrison, que divulgou o vídeo, prometeu apresentar novas propostas para proibir o financiamento de cursos sobre gênero. Organizações de defesa da liberdade acadêmica criticaram a decisão da Texas A&M, considerando-a um ataque à liberdade de expressão nas instituições de ensino superior.