- A província de Alberta, no Canadá, enfrenta controvérsia sobre a retirada de livros com conteúdo sexual das bibliotecas escolares.
- O governo conservador, liderado pela primeira-ministra Danielle Smith, havia determinado a remoção de obras com material sexual explícito em julho.
- Uma lista de 226 títulos, incluindo “O conto da criada” de Margaret Atwood, gerou protestos e críticas.
- Após a repercussão negativa, o governo suspendeu temporariamente a ordem e revisou as diretrizes, limitando a retirada a obras com representações visuais explícitas.
- As escolas têm até 31 de outubro para apresentar suas listas de livros a serem removidos, com a retirada final programada para 5 de janeiro.
A província de Alberta, no Canadá, enfrenta uma nova controvérsia em relação à retirada de livros com conteúdo sexual das bibliotecas escolares. Sob a liderança da primeira-ministra Danielle Smith, o governo conservador havia determinado, em julho, que todas as obras com material sexual explícito deveriam ser removidas. A medida gerou protestos e críticas de pais e da comunidade literária.
Recentemente, uma lista de 226 títulos, incluindo obras renomadas como “O conto da criada” de Margaret Atwood e “O color púrpura” de Alice Walker, foi divulgada, provocando uma onda de indignação. A escritora Atwood se manifestou nas redes sociais, alertando sobre a proibição e incentivando a compra do livro antes que fosse retirado das prateleiras.
Após a repercussão negativa, o governo suspendeu temporariamente a ordem, permitindo uma revisão das diretrizes. Em 2 de setembro, uma nova instrução foi emitida, limitando a retirada apenas a obras com representações visuais explícitas de atos sexuais, enquanto textos descritivos permaneceriam nas bibliotecas. O ministro da Educação, Demetrious Nicolaides, afirmou que as escolas têm até 31 de outubro para apresentar suas listas de livros a serem removidos, com a retirada final programada para 5 de janeiro.
A situação em Alberta destaca um conflito contínuo entre o governo e a educação, especialmente em temas relacionados à sexualidade e à comunidade LGTBIQ+. O governo federal, liderado por Mark Carney, não se pronunciou sobre a questão, uma vez que a educação é uma responsabilidade provincial.